segunda-feira, 31 de março de 2014

capitulo 3


DEMI *



Ligo meu celular e telefono para casa, antes da aula de Química, para saber como vai minha irmã. Baghda não está nada feliz, porque Shelley teve um ataque depois de provar o almoço. Pelo que entendi, Shelley jogou sua tigela de iogurte no chão, em sinal de protesto. Seria demais esperar que minha mãe tirasse um dia de folga no country club, para cuidar da adaptação de Baghda em nossa casa?
O verão começou oficialmente. E não posso estar em casa para cobrir as falhas da nova enfermeira de Shelley. Eu bem que deveria me concentrar mais nos meus objetivos. Entrar na mesma universidade que meu pai cursou, a Northwestern, é minha meta principal. Assim, poderei estudar perto de casa e ter mais tempo para ficar com minha irmã.
Depois de fazer algumas sugestões a Baghda, respiro fundo, colo um sorriso nos lábios e vou para a classe.
— Ei, baby, guardei um lugar para você. — Zac me mostra um assento ao seu lado.
Mesas altas, de laboratório, com dois lugares cada uma, estão dispostas na sala. Isso significa que vou me sentar ao lado de Zac, nas aulas de Química, durante o resto do ano. Significa também que faremos, juntos, o tão temido projeto sênior de Química.
Sentindo-me uma tola por ter pensado que as coisas não estavam bem entre nós, eu me acomodo no banco alto, e pego meu pesado livro de Química.
— Ei, veja, Fuentes está na nossa classe! — diz um garoto, no fundo da sala. — Ei, Joe, venha para cá!
Tento não olhar enquanto Joe cumprimenta seus amigos com tapinhas nas costas e apertos de mão complicados demais para serem repetidos.
Todos dizem “ese” uns aos outros; sei lá o que isso significa. A presença de Joe atrai todos os olhares.
— Ouvi dizer que ele foi preso na semana passada, por posse de metanfetamina — Zac cochicha ao meu ouvido.
—Não!
— Sim — ele diz, erguendo as sobrancelhas.
Bem, essa notícia não deveria me surpreender. Ouvi dizer que Joe sempre passa os fins de semana drogado, desmaiado, ou envolvido em alguma atividade ilegal. A Sra. Peterson entra na sala e fecha a porta, com um estrondo. Todos os olhares se movem, do fundo da sala, onde Joe e seus amigos estão sentados, até a frente, onde está a Sra. Peterson, em pé. Ela tem cabelos castanhos-claros, presos num rabo-de-cavalo bem apertado. Deve ter quase trinta anos, mas os óculos e a expressão de perpétua severidade fazem com que pareça bem mais velha. Ouvi dizer que ela ficou assim, muito brava, porque no primeiro ano em que lecionou aqui os alunos a fizeram chorar. Também, eles não respeitariam uma professora jovem o suficiente para ser sua irmã mais velha.
— Boa tarde. Sejam bem-vindos à aula de Química. — Ela se senta na borda da mesa e abre uma pasta. — Vejo que já escolheram seus lugares; mas acontece que eu mesma resolvi organizar os assentos...
Reclamo, junto com toda a classe, mas a Sra. Peterson não perde a moral... Parando em frente à primeira mesa, diz:
— Zac Adams, sente-se aqui. Sua parceira será Tiffany Thornton.
Tiffany  faz parte do grupo de torcida do colégio, junto comigo. Sou a líder e ela é uma espécie de co-capitã, ocupando a segunda posição, no grupo. Tiffany me pisca um olho, como se pedisse desculpas, e senta-se ao lado do meu namorado.
Enquanto a Sra. Peterson vai lendo a lista, os estudantes relutantemente se deslocam para os lugares por ela designados.
— Demetria Lovato... — A Sra. Peterson, aponta para a mesa atrás de Zac. — Queira sentar-se ali, por favor.
Sem nenhum entusiasmo, obedeço.
— Joseph Fuentes... — E ela indica o banco ao meu lado. — Ali.
Oh, meu Deus! Joe... meu parceiro de Química durante este ano inteiro? De jeito nenhum, não há como, isso não está direito!
Lanço a Zac um olhar que é um pedido de socorro, enquanto tento evitar um ataque de pânico. Definitivamente, eu deveria ter ficado em casa, na cama, debaixo das cobertas.
— Joe — ele diz à professora — me chame de Joe.
Interrompendo a leitura da lista, a Sra. Peterson ergue os olhos e o observa, por cima dos óculos.
— Joe Fuentes — ela diz, antes de alterar o nome, na lista. — Sr. Fuentes, tire esse lenço. Tenho uma política de tolerância-zero, em minhas aulas. Não permito qualquer tipo de acessório relacionado a gangues, nesta sala. Infelizmente, Joe, sua reputação fala por você. Quanto ao Dr. Aguirre, ele apoia totalmente minha política de tolerância-zero... Fui clara?
Joe a olha de cima a baixo, antes de fazer deslizar o lenço que traz na cabeça, expondo cabelos tão negros quanto seus olhos.
— É para esconder os piolhos — Zac cochicha para Tiffany, mas eu o escuto... E Joe também.
— Vete a la verga — diz Joe a Zac, com os olhos negros incandescentes de raiva. — Não meta o focinho onde não é chamado.
— Qual é, cara? — Zac rebate. E então se dirige a todos: — Ele nem sabe falar Inglês.(mas que na verdade aqui é português...mas vocês entenderam )
— Já chega, Zac. Sente-se, Joe. — A Sra. Peterson olha para o resto da classe. — Isso vale para todos vocês. Não posso controlar o que fazem fora daqui, mas, na minha aula, quem manda sou eu. — E volta-se para Joe. — Fui clara?
— Sí, señora — ele responde, lentamente.
A Sra. Peterson continua a ler a lista, enquanto faço de tudo para evitar qualquer tipo de contato visual com o cara sentado ao meu lado. Foi uma pena deixar minha bolsa no meu armário; eu poderia fingir que estava procurando alguma coisa, como fez Sel, nesta manhã.
— Que droga — Joe resmunga, mais para si mesmo. Sua voz é sombria e áspera... Ou será que ele fala desse jeito, de propósito?
Como vou explicar à minha mãe que sou parceira de Joe Fuentes? Oh, Deus, espero que ela não pense que isso aconteceu por minha culpa. Olho para meu namorado, totalmente entretido numa conversa com Tiffany. Sou tão ciumenta! Por que ela não deixou eu me sentar ao lado dele.? saco !!!
Seria bom se Deus desse a cada pessoa um Do Over Day: um dia para corrigir o que está errado, para reviver o que é bom. E então a gente poderia gritar: “Recomeçando!” E um novo dia teria início. Hoje é um dia em que eu, definitivamente, faria isso: começaria tudo de novo. Será que a Sra. Peterson realmente acha justo colocar a líder da torcida organizada como parceira do cara mais perigoso do colégio? Ela só pode estar delirando! A Sra. Delirante termina, finalmente, de designar os lugares.
— Sei que vocês, estudantes do último ano, pensam que sabem tudo. Mas não se considerem pessoas bem-sucedidas... Não antes de contribuir para a cura de doenças que afligem a humanidade, não antes de fazer da Terra um lugar mais seguro para se viver. A Química tem um papel crucial no desenvolvimento de remédios, nos tratamentos de radiação para pacientes com câncer, na utilização do petróleo, na camada de ozônio.
Joe levanta a mão.
— Sim, Joe ? — diz a professora. — Quer fazer uma pergunta?
— A senhora está dizendo que o presidente dos Estados Unidos não é um homem bem-sucedido?
— Estou dizendo que dinheiro e status não são tudo. Use seu cérebro para fazer algo pela humanidade, ou pelo planeta onde vive. Aí, sim, você será um homem bem-sucedido e ganhará meu respeito, coisa da qual pouca gente pode se gabar.
— Tenho algumas coisas de que posso me gabar, Sra. Peterson — diz Joe, obviamente se divertindo.
A Sra. Peterson ergue a mão:
— Por favor, poupem-nos dos detalhes, Joe.
Francamente, se Joe pensa que o fato de hostilizar a professora vai nos render uma boa nota, está enganado. É óbvio que a Sra. Peterson não gosta de espertinhos... E que meu parceiro já está na sua mira.
— Agora... — diz a Sra. Delirante — quero que cada um olhe para a pessoa sentada a seu lado.
Oh, tudo menos isso. Mas não tenho escolha. Olho de novo para Zac, que parece bastante satisfeito com a parceira que a professora escolheu para ele. Tiffany já tem um namorado... Senão, eu a questionaria, seriamente, sobre por que ela está se inclinando desse jeito para Zac, ou jogando os cabelos para trás, tantas vezes seguidas. Digo a mim mesma que estou sendo paranóica.
—Vocês não precisam gostar do parceiro — diz a Sra. Peterson. — Mas terão de trabalhar juntos, durante os próximos dez meses. Reservem cinco minutos para se conhecer e, então, cada um apresentará seu parceiro, para toda a classe. Falem sobre o que fizeram durante o verão, se têm hobbies, ou sobre qualquer outra coisa interessante ou original, que talvez seus colegas não saibam... Seus cinco minutos começam agora.
Abro meu caderno e o empurro na direção de Joe:
— Escreva alguma coisa sobre você, aqui, e eu farei o mesmo no seu caderno.
Antes isso, do que tentar conversar com ele. Joe acena em concordância — embora eu perceba uma leve contração, nos cantos de sua boca — e me dá seu caderno. Será que imaginei esse riso, ou ele realmente aconteceu? Respiro fundo, afasto esse pensamento e me concentro em escrever, até que a Sra. Peterson nos pede para parar e ouvir as apresentações.
— Esta é a Tiffany Thornton — diz Zac, o primeiro a falar.
Mas não escuto o resto do discurso de Zac sobre Tiffany, sua viagem à Itália, suas aulas de dança neste verão. Em vez disso, olho para o caderno que Joe me devolve e, de queixo caído, leio o que ele escreveu.
.............

JOE *



Ok, eu não deveria ter detonado a garota, na tal apresentação.
Sábado à noite... Você e eu... Aulas de direção e sexo ardente...
Escrever isso no caderno dela provavelmente não foi uma manobra inteligente. Mas eu estava louco para fazer a Pequena Miss Perfeição vacilar, quando me apresentasse à classe... E ela está vacilando!
— Srta. Lovato ?
A Pequena Miss Perfeição olha para Peterson e eu observo tudo, me divertindo muito. Oh, ela é ótima... Essa minha parceira sabe como esconder suas verdadeiras emoções, coisa que reconheço muito bem, porque faço isso o tempo inteiro.
— Sim? — diz Demetria, inclinando a cabeça e sorrindo como se fosse a rainha da beleza. Será que ela continuaria a sorrir assim, se recebesse uma multa por excesso de velocidade?
— É sua vez. Apresente Joe à classe.
Apoio o cotovelo na mesa, esperando para ver: será que Demetria vai mesmo fazer a tal apresentação, ou vai confessar que não sabe nada a meu respeito? Ela me olha: estou sentado, confortavelmente... Vejo, por seu olhar de ansiedade e pânico, que consegui deixá-la bastante perturbada.
— Este é Joseph Fuentes — ela começa, com um leve tremor na voz. Fervo por dentro enquanto ela diz meu nome de batismo, mas mantenho a pose durante a apresentação.
— Nesse verão, enquanto não estava vagabundando pelas esquinas ou perturbando pessoas inocentes, ele fez uma turnê pelas cadeias da cidade, se é que vocês me entendem. Mas Joe tem um desejo secreto que ninguém, jamais, poderia imaginar.
De repente, a classe inteira fica em silêncio. Até mesmo a Sra. Peterson está ligada... Que inferno! Escuto as palavras mentirosas, brotando dos lábios pink de Demi... E elas parecem verdadeiras!
— O desejo secreto de Joseph Fuentes... — ela continua — é ir para a Universidade e tornar-se um professor de Química, assim como a Sra. Peterson.
Ok, tudo bem. Olho para minha amiga Miley, que parece se divertir ao ver que a garota branca não tem medo de me provocar, diante de toda a classe. Demetria me lança um sorriso triunfante, pensando que ganhou este round. Tente outra vez, gringa. Eu me levanto, enquanto a classe continua em silêncio.
— Esta é Demetria Lovato — digo, agora com todos os olhares voltados para mim. — Nesse verão, ela foi ao shopping, comprou muitos modelos novos para incrementar seu guarda-roupa e gastou o dinheiro do papai numa cirurgia plástica, para melhorar sua... — faço uma pausa de efeito, antes de terminar: — fachada.
Pode não ser o que ela escreveu... Mas, provavelmente, isso está bem perto da verdade... Ao contrário da apresentação que ela fez sobre mim. Meus amigos riem, no fundo da sala.
Demetria está a meu lado, dura como uma tábua; parece que minhas palavras feriram seu precioso ego.
Demetria Lovato está acostumada a ser bajulada por todo mundo... Mas bem que podia acordar, de vez em quando. Estou realmente lhe prestando um favor. E mal sabe ela que ainda não terminei a apresentação.
— Seu desejo secreto... — acrescento, provocando em Demi a mesma reação que ela provocou em mim, quando me apresentou — é namorar um mexicano, antes da formatura.
Tal como eu esperava, minhas palavras provocam comentários e alguns assovios, no fundo da sala.
— Muito bem, Fuentes! — grita meu amigo Lucky.
— Quer namorar comigo, gracinha? — diz outro.
— Toque aqui... — Ergo minha mão espalmada. Marcus, outro membro da Sangue Latino, sentado logo atrás de mim, faz o mesmo. Batemos nossas mãos, uma contra a outra, e é então que percebo Miley, meneando a cabeça, como se eu tivesse feito algo errado... Ora, estou apenas me divertindo com uma garota rica da zona norte.
Demetria olha para Zac e depois para mim. Encaro Zac e, com os olhos, lhe digo: o jogo começou. No mesmo instante ele fica vermelho como uma pimenta. Definitivamente, acabo de invadir seu território. Ótimo!
— Silêncio, classe! — diz a Sra. Peterson, num tom ríspido. — Agradeço as apresentações, muito criativas e... esclarecedoras. Quanto à Srta. Lovato e ao Sr. Fuentes... Façam o favor de conversar comigo, depois da aula. Fui clara?
— Além de causar espanto, a apresentação de vocês foi uma falta de respeito, tanto para mim quanto para seus colegas — diz a Sra. Peterson, após a aula. Eu e Demetria estamos diante da mesa dela. — Vocês têm uma alternativa... — Ela pega dois daqueles formulários azuis, de suspensão. Com a outra mão, segura nossos cadernos. — Vocês podem receber uma suspensão, hoje, ou então escrever, a mão, um ensaio de quinhentas palavras sobre “respeito” para amanhã. O que vão escolher?
Escolho o formulário da suspensão. Demetria — veja só! — escolhe o caderno.
— Vocês têm alguma objeção quanto aos  parceiros de Química? — pergunta a Sra. Peterson.
Demi responde “sim” enquanto eu, ao mesmo tempo, digo “não”. A Sra. Peterson tira os óculos, colocando-os sobre a mesa:
— Escutem, é melhor que vocês resolvam suas diferenças, antes do final do ano letivo. Demetria, eu não vou trocar o seu parceiro. Vocês dois estão no último ano do curso secundário e terão que lidar com muitas pessoas, de personalidades bem diferentes, depois que se formarem. Se não quiserem frequentar o curso de verão, depois de serem reprovados em minha matéria, sugiro que trabalhem juntos, em vez de entrarem em conflito. Agora, tratem de se apressar para a próxima aula.
Com isso, saio da sala de Peterson e caminho ao lado da minha parceira de Química pelo corredor.
— Pare de me seguir — diz Demi, asperamente, olhando por sobre o ombro para ver se alguém está nos observando. ...Como se eu fosse el diablo em pessoa!
— Use mangas compridas, no sábado à noite... Faz muito frio, na garupa da minha moto. E você pode pegar uma gripe — digo, sabendo que ela está no limite da sua sanidade. Não costumo mexer com garotas brancas, mas até que estou gostando de provocar esta, a mais popular, a mais cobiçada, entre todas... Ela realmente me interessa.
— Escute, Joe... — diz Demi, virando-se de súbito para mim, com aqueles cabelos, que parecem ter sido beijados pelo sol, caindo abaixo dos ombros. Ela me encara, com uma expressão gélida nos olhos .
— Não costumo sair com garotos de gangues. E não uso drogas.
— Eu também não saio com garotos de gangues — digo, me aproximando dela ainda mais. — E não sou usuário de drogas.
— Sim, tudo bem; me surpreende o fato de você não estar numa clínica de recuperação, ou num reformatório para delinquentes juvenis.
— Você acha que me conhece, não é mesmo?
— Conheço o suficiente. — Ela cruza os braços, mas então olha para baixo, como se percebesse que essa postura faz com que seus peitos pareçam bem maiores... E solta os braços ao longo do corpo.
Eu me esforço ao máximo para não focar esses peitos, enquanto avanço mais um passo.
— Você me entregou para o Aguirre?
Ela recua um passo:
— E daí, se eu fiz isso?
— Mujer, você está com medo de mim. — E isto não é uma pergunta. Só quero ouvir, dos próprios lábios de Demetria, o motivo desse medo.
— A maioria dos alunos deste colégio têm medo de olhar para você de um jeito “errado” e levar um tiro... Se é que você me entende.
— Se isso fosse verdade, minha espingarda estaria soltando fumaça, neste exato momento... Então, por que você não está fugindo deste mexicano durão, hein?
— Dê-me uma pequena chance de fazer isso... E eu farei.
Bem, já perdi tempo demais com essa cadelinha. É hora de me aprumar e mostrar quem é que manda aqui. Diminuo ainda mais a distância entre nós e murmuro em seu ouvido:
— Encare os fatos, garota: sua vida é muito perfeita. Você provavelmente acorda no meio da noite... E fica fantasiando sobre o que fazer para tornar um pouco mais animado aquele lugar imaculado onde você vive...
.......
Mas, droga, sinto um cheiro de baunilha, que talvez venha do perfume que ela usa. Isso me faz lembrar de uns biscoitos... Adoro biscoitos, o que significa que eles não são muito bons.
— Ficar perto do fogo, niña, não significa, necessariamente, que você vai se queimar.
— Toque nela e se arrependerá amargamente, Fuentes — Zac avisa. Ele parece um burro, com seus  dentes brancos e as orelhas despontando em meio ao ridículo corte de cabelo. — Trate de ficar bem longe dela.
— Zac... — diz Demi — tudo bem... Posso lidar com isso.
O Cara de Burro trouxe reforços: três outros caras de cara branca e pastosa, que se colocam em volta dele, formando uma retaguarda. Observo Cara de Burro e seus amigos, para ver se sou capaz de dar conta de todos... Não vai ser fácil, mas acho que posso derrotá-los.
— Ouvirei suas asneiras quando você tiver tamanho para jogar nos grandes times, garoto — eu digo.
Alguns estudantes formam um círculo à nossa volta, deixando-nos espaço para a briga, que promete ser rápida, furiosa e sangrenta. Mal sabem eles que o Cara de Burro sempre foge desses confrontos. Mas, agora, que tem retaguarda, talvez resolva encarar... Estou sempre preparado para o perigo; já briguei muitas vezes, nessa vida. Tenho cicatrizes que provam isso.
— Zac, não vale a pena brigar com ele — diz Demetria.
Oh, obrigado, gracinha. Então você voltou?
— Você está me ameaçando, Fuentes? — grita Zac, ignorando a namorada.
— Não, imbecil — respondo, encarando-o. — Apenas caras frouxos, como você, fazem ameaças.
Demetria se coloca na frente de Zac e põe a mão em seu peito.
— Não ligue para ele — diz ela.
— Não tenho medo de você. Meu pai é advogado — Zac se gaba, enlaçando Demi. — E esta garota é minha. Nunca se esqueça disso.
— Então, veja se consegue controlar a menina... — eu aviso senão, é capaz dela ficar tentada a encontrar outro dono.
Meu amigo Harry se aproxima:
— Tudo bem, Joe ?

— Sim, Harry — respondo, um momento antes de ver dois professores se aproximando pelo corredor, acompanhados por um policial. É isso que Zac Adams quer: me dar um bom chute no traseiro e me expulsar deste colégio. Não vou cair nessa armadilha; não quero acabar na lista negra de Aguirre.
— Sim, tudo bem. — Eu me viro para Demi. — Vejo você mais tarde, gracinha. Estou ansioso para fazer uma pesquisa sobre a nossa química.
Demetria ergue o queixo, com ar superior, e me olha como se eu fosse a escória da raça humana... Eu me afasto e, assim, me livro de uma segunda suspensão.

..........................continua

TÁ AI MAIS UM CAPÍTULO ......GALERA NÃO SEI VOCÊS..MAS EU ADOREI A PARTE QUE ELES SE APRESENTARAM PARA A CLASSE ....KKKKKK  FOI D +++
BOM ...CONTO COM OS COMENTÁRIOS DE VOCÊS PARA O PRÓXIMO CAPÍTULO.....
BEIJOS *-----*



5 comentários:

  1. que capítulo mais lindoooo <3
    louca para esses dois se conhecerem direito.
    posta logooo
    beijos

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  2. Eles foram demais ri muito.
    Perfeito , quero mais :))
    Fabíola Barboza

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  3. Hahahaha Aiai adorei essa fic, super divertida! Posta logo!
    Bjo
    Bia

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