segunda-feira, 3 de março de 2014

capitulo 1




Na noite passada, tive o mesmo pesadelo de sempre.
Está chovendo, acordo no meio da noite, sinto que há algo errado, desço a escada descalça e correndo. Saio na rua, um carro está parado lá bem no meio, com todas as portas abertas. Me encharco inteira, mas não ligo. Corro até o carro, uma mulher está estirada lá, tem sangue por toda parte. Ela apenas diz, “Cuide do meu bebê”. Olho em volta, não há criança alguma.
Digo a ela: “Não consigo encontrar seu filho”. De repente, ela se transforma em um homem todo vestido de preto que agarra meu pulso e diz “Te Achei”.
Acordo suando de novo. Olho no maldito relógio, fico com mais raiva ainda, faltam cinco minutos para ele despertar. Hora de ir para a escola. Poderia voltar a dormir, mas perderia a hora. Moro praticamente sozinha, não tem ninguém para me acordar. Levanto, escovo os dentes, me jogo no chuveiro, visto qualquer coisa, prendo o cabelo em um rabo de cavalo, desço as escadas de tênis e sem correr, não tomo café da manhã. Enquanto espero largada no sofá o ônibus escolar buzinar, lembro do pesadelo. O que significa sonhar com a mesma coisa há dez anos?! Entro no ônibus, durmo até o colégio. Alguém me chacoalha, acordo e me encaminho para o matadouro, ou sala de aula, como chamam. Encontro a Sel no caminho.
Minha melhor amiga é o que salva aquele lugar, estudamos juntas desde a terceira série. Sabemos o que a outra está sentindo ou pensando só de olhar. É como se houvesse um código secreto, uma coisa diferente entre nós duas, quando sonho com a Sel é por que ela precisa ou quer muito falar comigo.
Apesar de sermos de mundos diferentes, ela me entende. Talvez não me entenda, mas me aceita, o que já é uma grande coisa. Vivo no meu mundo e as pessoas não gostam muito de gente assim. Não é que eu seja estranha, nem pirada, mas sou um pouco mais tranquila do que o normal. Já ela é pura animação, meio cabeça de vento, sempre a achei meio louca, mas a conheço o suficiente para saber que é  uma das melhores pessoas do mundo....Enquanto moro em uma casa modesta com meu pai, ela mora em uma mansão em um condomínio de luxo com seus pais, no plural, sua irmã e seu cachorro. O mais importante de tudo isso é que ela nunca, jamais, me deixou na mão. ...Já fazia uma semana que as aulas haviam começado e ainda não tinha conseguido me sintonizar a sala nova, as matérias novas, os professores novos e tudo aquilo me parecia muito chato.
— Ah, Demi, você notou os dois meninos novos da nossa sala? — a Sel enfatizou bem o número.
— Não, Sel, nem reparei. O que têm eles?
— O que têm eles? O que têm eles? — ela me olhava com uma feição exageradamente indignada, que chegava a ser engraçada. — Oh, meu Deus, de que planeta você veio?! Demi, você precisa se atualizar, amiga, você está no ensino médio, colega. Homens independente de serem bonitos ou feios serão nossa pauta para conversas futuras.
— Nossa, já vi que você vai fazer monólogo — rimos juntas. — Digamos que esse assunto não seja lá bem a minha especialidade.
— Será, amiga. Será — se ela tinha razão eu não sabia, mas ter um namorado e ser uma garota normal não me deixaria nada triste.
Aguardamos a professora iniciar sua aula de Biologia, que particularmente era um saco. Para mim a aula era ouvida mais ou menos assim: “Blá, blá, blá”. Mas naquele dia foi diferente. Aquele dia mudou tudo.
— Pessoal, não adianta reclamar, não haverá alterações e pronto — a professora dizia em meio a alguns protestos da turma. Virei para Sel, não havia prestado atenção.
— Reclamar do quê? — ela revirou os olhos.
— Por favor, Demi. Jesus! A professora vai nos separar em trios para as aulas no laboratório e ela vai sortear os nomes — ah isso era ruim.
— Oh, meu Deus! Tomara que fiquemos juntas, não quero ficar com o lado Glitter da sala. O lado Glitter era composto pelas Paty’s. Não tinha nenhum problema com elas, elas é que tinham um problema comigo, pelo simples fato de eu não usar a maquiagem ou as roupinhas de grife delas. Isso por si só era um fator determinante para elas me taxarem de perdedora. Elas são extremamente arrogantes e acham que o mundo gira em volta dos piercings de seus umbigos. Ok, eu não gostava muito delas também, preferíamos a cordial distância.
— Que os anjos digam amém — a gente iria precisar de muita sorte. Então esperamos nossos nomes serem chamados. Conforme a professora tirava pedaços de papéis de um saquinho vermelho e anotava os trios no quadro, o friozinho na barriga aumentava. Finalmente ouvi meu nome.
— O próximo nome é... Demetria Lovato e seus colegas serão... — meu coração parecia que ia saltar pela boca. — Selena Gomez  e... — ela desastradamente derrubou o pedaço de papel no chão, aquela agonia estava me matando. Tudo menos uma das Glitters era só isso que pedia... — Hum vejamos, Joseph De La Cour ...
A Sel parecia que ia ter uma síncope, de tão feliz, mas quando ela se virou para ver quem era, seu sorriso murchou. Fiquei curiosa com o que poderia tê-la desapontado, afinal ela andava com os hormônios à flor da pele. Foi então que foquei meus olhos em Joseph, na mesma hora meus braços ficaram arrepiados, uma voz na minha cabeça gritava perigo. Ele era a criatura mais estranha que já tinha visto.
Nunca havia reparado nele dentro da classe. Não saberia dizer se estava lá desde o primeiro dia de aula ou não, mas também não fazia a menor questão de conhecer a turma. Só conhecia as Glitters porque elas lamentavelmente já haviam estudado conosco no ano anterior. Se bem que qualquer um repararia naquelas peruas escandalosas. Voltei a olhar para a Sel.
— Bom, pelo menos estamos juntas — ela disse. Confirmei com a cabeça e todos se levantaram para ir ao laboratório. ...Chegando lá sentei no meio, porque a Sel não queria ficar perto dele. Para falar a verdade, nem eu queria, mas alguém tinha de fazê-lo.
— Covarde — cochichei. Ela sorriu e mostrou a língua.
— Por favor, um de cada grupo terá de ir lá fora buscar exemplares para nossa aula — disse a professora. Levantei, queria sumir dali, não estava acostumada a lidar com meninos. Pior quando é um desses estranhos de quem você quer fugir desesperadamente. Mas a Sel foi mais rápida, quando dei por mim ela já estava fora do laboratório. Ótimo, agora teria de falar com ele.
— Hum, Joseph. Joseph ? Hei — perfeito, ele estava me ignorando.
— Joe — ele disse sem me olhar.
 — Como?
— Joe. Me chame de Joe.
— Hum. Certo, Joe. Poderíamos começar a...
— Sua voz me dá dor de cabeça — ele me interrompeu. Bom, estava começando a odiar esse garoto.
— Isso é uma pena, pois você terá que me aguentar até o final do ano — ele olhou para mim pela primeira vez. Que olhos eram aqueles! De um preto surpreendente. — Portanto... Poderíamos começar...
— Você é boa.
— Boa no quê?
— Boa, mas chata.
— Olha você nem me conhece, garoto.
— Nem pretendo — ia responder, mas a Sel chegou com os materiais para a aula e resolvi me calar. Quem ele pensa que é para tratar as pessoas assim?! Ou ele era um ogro, ou era retardado mesmo. Começamos o trabalho e a Sel resolveu quebrar o silêncio.
— Então, Joseph, de que escola você veio? — coitada, não sabia o que a aguardava.
— Joe.
— Hum, Joe. Legal, gostei do apelido — ele revirou os olhos. — Mas de que escola você veio? Você conhece o outro menino novo?
— E você conhece a definição de silêncio? — ops, isso não ia acabar bem, a Sel não aceitaria um corte na boa.....
— Qual é a sua, garoto? Sua mãe não te deu educação não?
— Com certeza, já sua mãe pelo visto não sabe controlar a filhinha — o rosto dela estava vermelho, muito vermelho. Ela não ia parar com aquilo e pelo visto ele também não.
— Chega. Os dois! — eles me encararam com cara de “não se meta nisso”, mas cederam, nem mais uma palavra foi emitida durante a aula. Assim que o sinal bateu, ele saiu correndo.
— Meu Deus, Demi, que moleque estúpido.
— Nem me fale! — sinceramente não queria ficar falando sobre ele, queria ignorá-lo o resto do ano e pronto.....
— Nunca julgue um livro pela capa — olhei para ela com olhar de pergunta. — Qual é? O cara é um mala, mas tenha dó, Demi, ele é lindo demais, chega a doer.
— Sei lá, não reparei — mentira. — Sel, vou correr. Meu ônibus já está indo e sem mim.
— Não reparou não é? Tá bom. Te ligo depois. Beijos.
— Beijos.
Ela morava há duas quadras do colégio, mas eu tinha de pegar o ônibus escolar para ir embora. Como cheguei atrasada estava lotado, só sobrando um lugar lá no fundo, bem ao lado de um garoto. Reconheci Joe e minha vontade foi chorar, faltavam 25 minutos até chegar em casa e o caminho seria longo.
Arrastei-me até aquele lugar. Não estava com a menor pressa de sentar ao lado dele. Depois de uns minutos ele puxou conversa.
— Por que sua amiga te chama assim ? — minha vontade foi de mandá-lo tomar lá naquele lugar.
— Agora você quer conversar? — como não obtive resposta, respondi. Não sei por que, mas o fiz. — Porque ela não gosta muito de Demetria ...Então ela me deu esse apelido ..
— E você gosta de ser chamada do quê? — não queria responder, não queria falar com ele, ou talvez quisesse sim.
— Tanto faz. Nunca liguei muito para isso.Mas eu gosto de Demi .
— É ...Demi combina com você . — Vou confessar, estava esperando um elogio. — Você é frágil demais,boba demais ...e não é uma garota muito bonita . Definitivamente, não é o meu tipo de garota favorita. — olhei para ele pasma. O que tinha de errado com esse garoto, afinal?
— Obrigada — aquilo doeu e acabou me fazendo lembrar o porquê nunca chegava perto de garotos. Eles eram uns idiotas. Nunca tinha beijado ninguém. O único garoto por quem me apaixonei era meu amigo Doug. Ele era apaixonado por uma daquelas malditas Glitters e isso foi na quinta série, quando as Glitters ainda mal sabiam ler, apesar de que eu desconfiava que elas ainda não soubessem. Nunca mais quis ter amigos meninos. Não me fazia falta e não me acrescentava nada. Olhei para fora e graças a Deus estava na frente de casa. Peguei minha mochila, não voltei a olhar para ele, desci do ônibus convicta de uma coisa: Odiava  o Joe !
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Entrei em casa. Ela estava vazia como sempre. Não estava a fim de almoçar, depois comeria qualquer porcaria quando a fome batesse. Fui direto para o meu quarto, ele era todo rosinha, mas não era muito grande. Uma cama, um guarda-roupa com uma penteadeira e uma mesa de escritório com abajur e o computador da era pré-jurássica. Entrei no FACEBOOK e meus poucos amigos estavam offline, é engraçado imaginar que há tão pouco tempo isso nem existia e ninguém sentia falta, hoje em dia, não me imaginaria sem, mesmo não tendo uma vasta lista de amigos.
Tomei um banho, graças a Deus havia um banheiro no meu quarto, a gente não se mudou enquanto meu pai não encontrou uma casa onde houvesse duas suítes. Na época foi um exagero já que só tinha sete anos, mas hoje em dia entendo seus motivos, ele não queria ter que dividir sua privacidade com uma adolescente, aliás, não creio que ele curta dividir muita coisa comigo. Saí do banho, coloquei um vestido vermelho meio velhinho só para ficar em casa, ultimamente estava fazendo muito calor. A fome agora estava dando sinais de sua presença. Pensei em comer um macarrão instantâneo — era prático e minha comida favorita.
Fui para a cozinha prepará-lo. Enquanto a água fervia, não conseguia parar de pensar naquele tal de Joe. Por que diabos aquele menino esquisito estava me tratando daquele jeito? Meu consolo é que não parecia ser algo pessoal, com a Sel ele também não foi muito agradável. Ele é completamente diferente de todos os meninos que conheço, não só pelo fato de ser grosso ou porque ele é lindo, realmente muito lindo, mas ele me assusta por algum motivo. Ele tem um olhar superior, uma presença intimidadora, um ar esnobe como se conhecesse tudo o que passa pela sua cabeça. Algo nele era além do normal. Algo nele chamava minha atenção, mas ao mesmo tempo me dava arrepios. Nesses momentos queria muito ter minha mãe comigo, para poder conversar essas coisas de meninas. Mas não tenho mãe, nem ao menos um pai presente, então terei de me contentar em comer meu macarrão instantâneo sozinha e sem conversar. Terminei de prepará-lo, arrumei a mesa e almocei sozinha de novo. Lavei a louça, sequei, varri a casa, arrumei a minha cama, a do meu pai não precisava ele nunca estava lá para dormir nela, tirei pó, liguei a TV, minha mente voou até Joe novamente. O telefone tocou, tirando-me dos meus devaneios. Era a Sel.
— Ai, amiga. Não vou com a cara dele. Ponto final.
— Também não, mas ele está no nosso grupo até o final do ano.
— Infelizmente. Bom, vamos olhar os pontos positivos do menino. Ele é um gato.
— Sel, por favor.
— Demi, você é meio bobinha, mas não é cega. Qual é? Vai me dizer que não amou aqueles olhos azuis?
— Pretos, os olhos dele são pretos — como ela poderia não ter notado que eram negros?! Aqueles olhos que pareciam varrer o calor de tudo ao redor.
— Joguei verde e colhi maduro. Há, há, há, viu só como você notou o cara? — droga. Sempre caía nas armadilhas dela.
— Certo, notei, ele é gatinho, mas ainda não gosto da presença dele.
— Nem me fale, ele me dá arrepios, mas vou ter que me aproximar dele.
— Por quê? — meu coração disparou sem explicação.
— Não fala nada, não ri, mas o amiguinho dele... Sei lá, me parece tão fofo. Bom, na verdade, fofo não seria um bom adjetivo. Ele é um gatinho. Ele tem um ar misterioso nos olhos. Ai, ai... Bom, vou ter que ir agora. Beijos.
— Beijos, mas... Sel, não acho uma boa ideia. Ele pode ser tudo isso que você está dizendo... Para falar a verdade não reparei no cara, mas se ele é amigo do Joe, não pode ser boa coisa — ela já havia desligado. Ótimo. Desliguei o telefone, estava me sentindo tão cansada que poderia deitar e dormir até o dia seguinte, mas ainda tinha deveres para fazer, todos os dias as professoras passavam olhando os cadernos e eu não precisava de notas ruins que só deixariam meu pai furioso. Concentrei-me nos exercícios e tentei afastar aquele imbecil e suas grosserias da minha cabeça, esforço inútil. A primeira aula do dia seguinte só podia ser biologia, claro: Uma hora e meia com Joe.
— Demi, você não vai acreditar, encontrei o menino novo na entrada e conversamos vários minutos agradáveis — aquilo me atingiu. Como assim Joe e Sel haviam conversado por vários minutos agradáveis?!
— Que menino novo? — tentei disfarçar meu nervosismo, mas acho que perguntei rápido demais.
— Nossa, Demi, que bicho te mordeu? — ela não esperou resposta. — Nick, o menino novo, porque aquele que deveria estar sentado aqui conosco parece um doido, com certeza ele não se enquadra na categoria “menino” para mim.
— Aham — vou confessar que fiquei aliviada de não ser o Joe . — “Nick”. O tal “Gatinho”. Sei. E sobre o que conversaram? — na verdade estava só sendo educada, não queria saber sobre o que conversaram. Queria que o Joe estivesse ali, porque havia ensaiado umas respostas daquelas bem dadas para dar.
— É Nick sim, sua chata. Nicholas. Ele é uma graçinha, acho que estou a fim dele — ela sempre achava que estava a fim de alguém e fazia uma cara tão boba quando dizia isso. Tinha inveja disso, porque ao contrário de mim ela se apaixonava, mas esse fato sempre era passageiro, ela só queria curtir, palavras dela.
— Isso não é rápido demais? Ele está interessado em você? — onde estava Joe afinal?
— Não é rápido demais, ele é o maior gato do colégio e sei lá... Ele me deu o maior mole — olhei para ela brevemente quando ouvi uma fungada, o que significava que ela estava brava. — Por favor, Demi, pare de olhar para a porta, ele está no fim da sala.
Me virei subitamente e Joe estava sentado no fim da sala, dessa vez percebi o tal amigo. O tal de Nick era lindo mesmo. Os olhos em um tom de castanho escuro, o cabelo meio castanho escuro também e todo enroladinho,mais ou menos igual de Joe. Mas Joe ainda era prioridade, afinal de contas, o outro ainda não tinha me dado coices então, estava livre por enquanto.
— Nossa. Não o vi entrar.
— Ah! Quer dizer que era ele que você estava procurando? — hum. Como ia sair dessa agora? A Sel era do tipo de pessoa que nunca esquecia um assunto.
— Ah, claro que não. Do que você está falando, Sel ?
— Nem tente me enrolar, joguei verde e colhi maduro, de novo. Você estava esperando ele entrar na sala. Olha, você tem um gosto meio peculiar minha amiga, o cara é sei lá... No mínimo estranho, com aquela cara de mau. Mas fico aliviada, estava começando a pensar que você era lésbica, não que eu seja preconceituosa, mas assim vamos ter mais assuntos em comum: Homens.
— Sel, você viaja — ela sempre me fazia rir. Só que dessa vez ela estava certa, por que estava procurando aquele idiota? O único motivo no qual conseguia pensar era que queria fazê-lo engolir sua grosseria. Isso não era nada de mais.
— Sei — ela fez sua cara típica de você não me engana não. — Ele parece bem amiguinho da Taylor.
— É — não havia percebido ela ao lado dele. As três Glitters sentavam próximas a ele. Pareciam urubus em cima da carniça. — Não sei como ela o aguenta. Pensando bem, não sei como ele a aguenta — olhei para eles de novo. Joe falava no ouvido dela, enquanto Taylor dava risadinhas, aquilo me deixou irritada. — Com certeza eles foram feitos um para o outro — rimos em uníssono, mas estava rindo só por fora, minha vontade não era de rir. O que aquela loira sem graça tinha afinal que todos os meninos da escola babavam por ela? Primeiro o Doug na quinta série, agora Joe. Com a Taylor ele parecia estar sendo bem educadinho.
— Mudando de assunto, colega, você já assinou a lista?
— Que lista?
— Estão passando uma lista com os nomes do pessoal da sala e o FACE . Acho que vai ser divulgado para a galera se conhecer melhor. Nossa turma esse ano é bem grande comparada com as outras e tem bastante gente nova.
— Hum... Não preenchi não e também não tenho muito interesse nisso.
— Hey, está na hora de ampliar seus horizontes e a lista de contatos, não é, minha cara? Deixa que preencho por você — preferi não discutir, ninguém ficaria me adicionando mesmo. — Você tem que socializar, Demi .
Depois do anúncio da nossa professora de que a aula seria ao ar livre, terminei de desanimar, o dia não tinha como piorar. Para que ir lá fora? Naquele sol? Isso era para as Glitters que tinham o corpo perfeito, não para mim, que ia ter de aguentar aquele calor com o moletom do uniforme. Apesar de não ser gorda, nem magra demais, não gostava de ficar me mostrando na escola com pouca roupa. Tinha um pouco de vergonha. Já estávamos lá fora, a Sel estava conversando com alguém que eu não fazia a menor questão de saber quem era. A excluída era eu, ela era até bem popular. Na verdade, ela nunca ficava sozinha sem que realmente quisesse ficar; ao contrário de mim, ela não curtia muito a solidão. Estávamos lá fora, eu olhava para o nada quando ele se aproximou, por trás de mim; pude sentir a respiração dele em minha nuca. Vou ter que confessar: Mesmo odiando o menino, aquela sensação foi boa.
— Está quente aqui, por que está de moletom? — me virei para encará-lo, tinha ensaiado tantas respostas em casa, mas ali na frente dele, não me lembrava de nenhuma.
— Por que não? Pode rir, se isso vai te fazer bem — comentei essa última parte porque percebi que a loira da Taylor estava rindo e apontando para mim. Desviei o olhar.
— Não quero rir de você, Demi — meu susto foi tão grande que olhei para ele, seus olhos escuros pareciam decifrar o que estava sentindo, meu coração batia rápido.
— Não entendo você.
— Sou complicado.
— Hey, vocês dois. Podemos começar? Alguém tem que fazer os trabalhos, não é? — Sel chegou e começamos a fazer as tarefas, só falávamos o necessário sobre o trabalho. Algumas vezes me peguei olhando para ele, mas pior do que isso foi que a Sel me pegou olhando para Joe. Ela estava com uma cara de deboche; ele percebeu com certeza, queria matá-la.

........................................continua.............................

OI GENTE DESCULPEM A DEMORA PARA POSTAR .....GOSTARAM DO NOVO VISUAL DO BLOG ??   ESPERO QUE SIM ....  :)
BOM...TÁ AI O PRIMEIRO CAPITULO ...ESPERO QUE VOCÊS GOSTEM DA NOVA HISTÓRIA.
E COMO EU SOU ESQUECIDA ...KKK VOU COLOCAR ALGUNS DOS PERSONAGENS DA FIC PARA VOCÊS ....

DEMI :


JOE :



SELENA :



NICK :



TAYLOR :




BOM OS DEMAIS IRÃO APARECER NO DECORRER DOS CAPÍTULOS ...MAS POR HORA,ESSES SÃO OS PRINCIPAIS ...ENTÃO É ISSO GALERA ...COMENTEM BASTANTE PARA O PRÓXIMO HEIN ...BEIJOS...





5 comentários:

  1. Amei a nova história :))
    Linda o Joe é meio estranho quero ver o que vai acontecer com eles agora!
    Fabíola Barboza

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  2. Amei o Primeiro Capitulo.
    Poste logo!! Bjs

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  3. Que perfeito <3
    Adorei
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    Beijos

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    1. O Joe é todo obscuro. Tem hr q é legal outras parece idiota. Eu hem? Mas a fic e o visual do blog tao lindos

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  4. Posta que eu amei flor

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