quarta-feira, 12 de março de 2014

capitulo 8






— Cansada de dançar com o “Ster”? — ele pronunciou o nome com nojo. Joe estava sentado no pé da maior árvore.
— Joe — fechei os olhos, estava cansada disso tudo. — Resolvi ficar um pouco sozinha — me limitei a dizer. — E você, o que está fazendo aqui sozinho?
— Cansei da festa, ficou meio apelativa para mim.

— Apelativa? Por que está me dizendo isso, Joe ? — essa troca de ofensas constantes estava pra lá de cansativa e apesar de ter dito na academia que não queria mais nada com ele, nesse exato momento só pensava em seus braços me envolvendo.
— Por quê? Você ainda pergunta? — ele ficou de pé. — Você estava se amassando com aquele menino e agora vai fazer de conta que não foi nada?
— Eu? — agora ele estava apelando. — Não estava fazendo nada de errado, Joseph — talvez estivesse, sei lá, mas não ia admitir isso a ele. — Você esqueceu que não tenho namorado? Você esqueceu que você tem namorada? Eu não esqueci — ficamos em silêncio nos olhando por um instante.
— Joe. Já falei para você só me chamar de Joe.
— Qual é a diferença? Por que você se importa tanto com o modo como te chamo? Isso não muda nada, não muda tudo isso — ergui as mãos em sinal de protesto, suspirei, isso não estava nos levando a nada.
— Realmente não — ele disse enquanto vinha em minha direção. — Algumas coisas estão fora do nosso alcance — antes que pudesse mover um dedo sequer ele me beijou.
Me beijou como se aquele beijo fosse o último das nossas vidas. Suas mãos estavam histéricas descendo e subindo pelas minhas costas, me apertando com força, depois me abraçou e continuou beijando meu pescoço.
— Demi... — ele suspirou. —  Você sempre foi o meu tipo de garota favorita — o encarei.
— Mas você disse que...
— Menti. ..
— Faz isso com frequência?
— O quê? — ele perguntou, enquanto beijava meu pescoço, tinha medo da resposta dele.
— Mentir — ele me olhou sério.

— Sim. O tempo todo — fechei meus olhos, estava perdida, totalmente perdida e era doida por ele.
— Queria saber o que você sente — disse, desejando realmente que isso fosse possível.
— Seria terrível, lhe garanto. Imagine sua vida sabendo sempre o que todos à sua volta sentem! Medo, alegria, tristeza, amor, ódio, paz, raiva, nojo... Não seria uma vida, seria uma prisão — estava tremendo, algo me dizia que ele não estava apenas imaginando isso, sua cara era de quem sabia muito bem como era, mas como isso seria possível? Já estava delirando.
— Realmente queria saber o que você sente, porque quando te vejo com a Taylor eu... — fechei os olhos e me lembrei da cena, ela dando um docinho em sua boca e beijando-o. — Eu... Você sempre está me olhando, mesmo quando está com ela — ele estava mexendo em meu cabelo. Percebi que havia me entregado, totalmente.
— E você acha que saber o que sinto resolveria alguma coisa? As pessoas são confusas, não sabem o que sentem, misturam sentimentos o tempo todo — ele deu um riso debochado. — Não suporto vê-lo com você.
— Ver quem? — estava ofegante, o que era tudo aquilo que ele estava me dizendo? Procurei lógica em suas palavras e em suas ações, mas não consegui encontrar.
— Sterling... Simplesmente não suporto, não suporto ver ninguém tocá-la. Mas não posso Demi, eu... Estou com a Taylor, fui eu que quis ficar com ela, escolhi isso, agora tenho que aceitar o peso das minhas decisões Ele se separou de mim, fiquei lá estática, com os braços pendendo ao lado do corpo.
— Ah é. A Taylor— estava me esforçando muito para não chorar. — Claro, ela é realmente linda — ela era uma idiota, mas linda isso ela era. Minha boca tremia pelo esforço de reprimir o choro, minha voz estava entrecortada.
— Você é linda também — ótimo, grande consolo.

Me virei para ir embora. Ele me abraçou por trás, minha vontade era gritar. Por que estar com ele era tão bom? Ele ficou respirando em minha nuca.
— Você está gelada — ele tirou sua jaqueta de couro e colocou em cima dos meus ombros, agora o cheiro dele estava por toda parte, me virei para olhá-lo.
— Eu estou tão...
— Triste — ele complementou, será que isso era tão visível assim?
— Não sei o que sinto por você, Joe !
— Tem certeza disso? Porque acho que você sabe — só balbuciei algumas palavras, só porque ficávamos de vez em quando, ele não poderia presumir que eu... Não, claro que não. Ficamos em silêncio um pouco.
— Joe, o que aconteceu naquele dia no bosque? O que realmente aconteceu?
— Você é diferente.
— Por que diz isso?
— Porque você se lembra.
— Como assim eu me lembro? — ouvimos passos se aproximando e Joe tampou minha boca e sussurrou em meu ouvido “fique quieta”. Droga, logo agora que ele estava quase me contando, os passos se aproximavam cada vez mais. Eram duas pessoas, pararam do lado oposto da árvore e como o tronco era grosso,eles não nos viram. Joe estaria encrencado se o vissem comigo ali, poderiam contar para sua namorada e por um minuto de egoísmo achei que era uma ideia interessante.
— É um lindo lugar... Mas por que você me trouxe aqui? — a voz da Sel me deu um sobressalto e olhei para Joe que sorria e colocava o dedo nos lábios pedindo silêncio.
— Porque combina com você — era ela e o Nick.
— Obrigada — fiquei imaginando a cara dela de derretida. — Nossa, a lua está linda.

— Está mesmo, acho que nunca vi um céu tão estrelado assim... Adoro estrelas.
— Eu também — ela respondeu e isso era verdade, o quarto dela era todo decorado com estrelas.
— Você é mais linda que todas elas juntas — Joe colocou novamente o dedo nos lábios pedindo que continuasse em silêncio. Me deu vontade de rir, Nick me pareceu aqueles galanteadores de 1800.
— Nossa Nick, obrigada, mas você está se enrolando muito para me beijar, sério — isso era tão... Sel, que tive que sorrir.
— Sel... Não sou assim, jamais te beijaria se você não fosse minha namorada.
— Nossa — ela devia estar muito assustada, ela não era assim... Digamos... Certinha.
— Você quer namorar comigo? — achei tão fofo da parte dele.
— Você está me pedindo em namoro, sem nem ao menos me beijar antes? — ela conseguia estragar todo o romantismo dele. Joe estava sorrindo.
— Já disse que não funciono assim. Beijar não é motivo suficiente para estar com alguém.
— E o que é motivo suficiente para você?
— Sel... Amo o jeito que você sorri, que anda, fala, amo seu cheiro e tudo em você. Sou louco por você, quero ficar com você. Isso é motivo para mim.
— Hã... Eu... Não esperava por isso, Nick — eu mesma ia matá-la se ela falasse não.
— Sei que você mal me conhece, mas ainda sim, não consigo mais resistir. Vou arriscar tudo — Joe pareceu ficar tenso. — Sel, quero namorar com você.
— Nick... Eu... Nem sei o que te dizer — burra.
— Você não quer?

— É claro que quero, mas sei lá... A gente nem ficou nem nada. Não estou acostumada com isso. Não me entenda mal, é maravilhoso, mas a maioria dos meninos não é assim. Acho que isso me assusta um pouco.
— Não sou como a maioria. Só que por enquanto ninguém pode saber, preciso que seja segredo. Como te disse na praia isso tudo envolve muita coisa que você ainda não pode saber — Nick tinha o mesmo papo que o Joe, agora tinha mais uma certeza, seja lá o que Joe era ou fazia, Nick era como ele.
— Então você quer namorar comigo? — Nick perguntava de novo.
— Quero... — finalmente, pensei.
— Ótimo, porque não sabia por mais quanto tempo resistiria a você — estava morrendo de vergonha de estar ali, atrás da árvore, presenciando aquele momento tão íntimo dela. Provavelmente eles estavam se beijando,porque ficou tudo em silêncio, durante um tempo. Joe me olhava e selou nossos lábios de leve. Nos beijamos também, com a diferença de que ele não tinha me pedido em namoro; ele já tinha namorada. Mas eu podia fantasiar que era isso que tinha acontecido.
— Sel, acho que temos plateia.
— Como assim, Nick ?
— Desculpe, não queria me intrometer, mas nós já estávamos aqui — porcaria, por que sempre era pega nessas coisas?
— Nós? — perguntou a Sel, ela deu a volta na árvore e entrou em choque. — Oh, meu Deus, Demi ? O que você está... — fiquei com uma cara de criança quando faz alguma travessura. — Oh meu Deus! Demi ! Você e o Joe... — não a deixei terminar.
— Não, foi coincidência encontrá-lo aqui.
— Você sabe que odeio que mintam para mim, você está com a jaqueta dele. Nem vem, vocês dois estavam ficando.

— Realmente, Sel, nós estávamos ficando — Joe respondeu, quase desmaiei, ele estava admitindo isso?
— Amiga, que fofo, você deu seu primeiro beijo — Jesus! Queria matá-la... Bem lentamente. Joe caiu no riso. Perfeito.
— Obrigada, Sel.
— Que foi? — ela era tão sem noção às vezes. — Achei fofo, estava na hora de você aprender a beijar.
— Sel, mais uma palavra e juro que mato você — ela ergueu os ombros como quem quer dizer “Tanto faz”.
— Estou namorando — ela abriu um sorriso enorme. Minha raiva foi embora, ela parecia uma criança feliz, mas a vergonha ainda estava ali com toda certeza, mal consegui olhar para Joe, que para piorar, ainda estava rindo. — Oh, desculpa, Nick, não era para ninguém saber, mas eles já estavam aqui.
— Não tem problema, meu anjo. Tenho certeza que você não esconderia nada da Demi e eu também não esconderia do Joe. Eles podem saber.
— Sel, que horas são?
— São exatamente meia-noite, amiga, temos tempo, as Vans saem bem mais tarde.
— Acho que vi algumas pessoas indo embora — realmente estava vendo pelas árvores, que já não havia uma multidão na festa.
— Algumas pessoas devem ter ido embora de outro jeito. Joe, e a Taylor ? Você terminou com ela aqui, em plena festa? — ele fechou a cara.
— Não terminei com ela — aquilo doía.
— O quê? — acenei para a felicidade, ela estava indo embora. — Mais vai terminar, não é?
— Sel, venha, meu anjo... Vamos subindo, precisamos disfarçar. Vou te deixar próximo ao banheiro ..
 Nick já saiu puxando-a
— Ok, mas...

— Vamos, Sel — eles nos deixaram ali. Joe estava com uma cara de raiva.
— Então, que fim deu sua namorada? — resolvi perguntar, já tinha ido tudo por água abaixo mesmo.
— Isso não é da sua conta.
— É, para falar a verdade não é mesmo — era incrível como ele conseguia acabar com tudo com um simples abrir de boca. — Ela é nojenta.
— Ela não é assim tão ruim — meu sangue estava fervendo. — Se fosse, ela não teria metade da escola dando em cima dela — aquilo foi demais para mim. Virei as costas e disse:
— Ótimo, vá para casa atrás daquela vaca, ela deve estar entalada em um vaso — realmente desejava que ela estivesse com um problema gastrointestinal bem forte. Tirei a jaqueta dele e joguei no chão, fui voltando para a festa e encontrei a Sel e o Nick no caminho.
— Hey, o que houve, Demi ? — perguntou o Nick.
— Seu amigo realmente é um idiota, ele sempre consegue estragar tudo. Vamos, Sel — a puxei, ela fez cara de “Por quê?”. — Vocês precisam disfarçar, lembra? E preciso de você nesse exato momento.

Voltamos para a festa, a Sel e eu fomos para um lado enquanto os meninos iam para outro. O sorriso no rosto dela era tão grande quanto a minha infelicidade. Joe ficava me olhando do outro lado da pista de dança com os braços cruzados no peito, totalmente sexy. Uma coisa havia aprendido sobre Joe, ele reagia a qualquer contato masculino que tivesse, já que era assim que ele mostrava alguma emoção. Então assim seria, minha tristeza já estava virando raiva.
— Demi — era um menino da sala, mas nem sabia o seu nome.
— E aí? — realmente eu era muito pateta nesse assunto de paquera.
— Cara, você está linda, muito diferente, no colégio você não é assim.
— Ah, obrigada — não sabia muito bem o que dizer, a Sel dava sorrisinhos, mas não sabia se eram para mim ou para o Nick.
— Realmente quero ficar com você — enquanto processava a informação, a Sel segurou o meu braço.
— Demi, não é uma ideia muito boa — olhei para onde ela apontava com a cabeça e foi realmente assustador ver a cara que o Joe nos olhava. Nick estava segurando o seu braço, falava em seu ouvido, provavelmente tentando acalmá-lo. Sorrir foi inevitável, hoje ele saberia como era ficar no meu lugar. Antes que pudesse responder ao menino, fomos interrompidos.
— Desculpe, posso roubar a moça? — o menino não gostou nada da interrupção, mas acabou cedendo e disse piscando “Conversamos no colégio”. Ótimo, agora ia ter mais um pepino no colégio para resolver.
— Ster, você não desiste nunca? — falei com um sorrisinho falso nos lábios.

— De você? Não, nunca. Não é por qualquer uma que apanho do meu professor de artes marciais no shopping.
— Sinto muito por aquilo — era a primeira vez que ele tocava no assunto.
— Também sinto... Queria ter te beijado — ele segurou meu rosto, paramos de dançar, estava confusa e começava a me perder de quem eu era por causa de Joe. — Posso?
— Pode o quê? — estava olhando em seus olhos, ele não era tão mal assim, mas logo pensei no Joe e tudo desandou, queria estar dançando com ele, queria que fosse ele.
— Te beijar. Posso?
— Ster, eu não...
— Só um beijo? Vai, por favor? — ele fez uma cara tão fofa, queria isso, queria alguém que me beijasse em público, sem vergonha de gostar de mim. — Morreria por um beijo seu — ele veio para cima de mim rápido demais e me deu um selinho, então o empurrei, não conseguiria fazer isso.
— A parte de morrer posso resolver para você — agora era o Joe. O Sterling  me soltou, dessa vez ele parecia disposto a brigar também, intervim nessa palhaçada.
— Joe, não — ele me olhou espantado, ergueu as duas mãos em sinal de “Lavo as minhas mãos” e foi se afastando devagar, ainda nos olhando. Virei para o Ster.
— Você também, chega — ele ia responder algo, mas não deixei. — Realmente não gostei do que você fez, não concordei com aquele beijo — não esperei por explicação nenhuma, o deixei lá e fui procurar a Sel, agora realmente queria ir embora. Acabei descontando tudo no Sterling.
— Por que está fazendo isso, Demi ? — dei de cara com o Nick.
— Fazendo o quê?
— Para que beijá-lo? Qual é o seu objetivo com isso?
— Não o beijei, ele me beijou — depois de tudo aquilo, levar lição de moral do Nicholas era demais para mim.

— Eu avisei, avisei vocês dois, mas não quiseram me ouvir — esse assunto já tinha dado para mim, não queria e não iria mais falar sobre isso.
— Cadê a Sel ?
— Conversando com Joe  — droga, o que ela estava fazendo?
— Tenho um recadinho para você, Nick. Pise na bola com ela e você vai se arrepender de ter nascido, ainda vou descobrir o que vocês são e se isso magoar minha amiga acabo com você — assim que terminei de falar a Sel se aproximou de nós.
— Amiga, estamos com um problema. Você tinha razão as Vans já foram embora, meu relógio está quebrado, minha mãe vai me matar — ela parecia bem preocupada.
— E agora? — estávamos em um fim de mundo, sem ter como ir embora.
— Levo você, meu anjo e você também, Demi. Eu e o Joe viemos de carro.
— Como assim? Pirou? Vocês não têm idade para dirigir — a Sel falou bem brava.
— Pois é, lá em casa eles não ligam para isso, contanto que não sejamos pegos. Vocês não vão ficar aqui de jeito nenhum — ela já estava com aquela cara de derretida dela. — Não é, Joe ? — droga, ele estava atrás de mim. Olhei rapidamente e abaixei a cabeça.
— Tanto faz — óbvio, para ele eu não significava nada.
— Podem ir na frente, preciso ir ao banheiro.
— Te espero, Demi.
— Não precisa, Sel, encontro vocês no estacionamento, — eles foram indo, passei no banheiro e a fila estava bem grande. Devo ter demorado uns 15 minutos.
Quando saí de lá, o caminho para o estacionamento estava bem escuro, não estava enxergando nada. A neblina da madrugada estava nos meus joelhos, me arrependi de não ter deixado a Sel me esperar, comecei a ficar com medo.Muito medo, aquele medo avassalador novamente, igual ao dia do bosque. Mal conseguia respirar, estava na metade do caminho, que era uma subidinha pela grama. Comecei a pressentir que não estava sozinha, andei mais rápido, tropecei, olhei para trás, tinha um homem lá e seus olhos eram brancos.
Meu coração batia três vezes mais rápido do que o normal, o medo estava me esmagando, não conseguia me mover, não conseguia gritar, só queria me encolher e chorar. Nunca senti um medo desses, não assim, a adrenalina estava acabando comigo. Ele se aproximou bem devagar, seus olhos não saiam dos meus, não conseguia desviar o olhar. Não poderia ser o Joe. Meu coração não ia aguentar esse ritmo. Meu braço esquerdo formigava e isso não era um bom sinal, sentia pontadas no meu peito, todos os músculos do meu corpo estavam enrijecendo. Comecei a perder os sentidos, estava apagando, não ia resistir muito a seja lá o que fosse aquilo. Ouvi ao longe alguém chamar “Demi”. Foi o suficiente para o estranho olhar para longe. Por um segundo raciocinei: era a minha chance de escapar, levantei meio cambaleando e corri, corri e corri mais. Não parei, nem ao menos olhei para trás, minha bronquite começou a dar sinais, não sabia qual era a porcaria do carro, mas deduzi que era o que estava com os faróis ligados. Nick estava ao volante com a Sel ao seu lado, Joe sentava atrás da Sel. Abri a porta correndo, aquilo me deu um alívio, havia conseguido escapar.
— Nossa, Demi, onde você se meteu? — perguntou o Nick, meu medo tomava conta de mim, que merda era aquilo tudo?
— Tranque o carro! — disse berrando, enquanto lágrimas deixavam meus olhos.

— O que foi? — a Sel estava bem assustada. Eu tinha quase morrido, de alguma maneira sabia disso, por poucos minutos, muito poucos, teria morrido.
— Tranque o carro, Nick, por favor! — dizia berrando e pulando no banco como uma doida.
— Pronto, está trancado — ele disse virando para trás para me olhar, a Sel me olhava com os olhos saltados. Não olhei para Joe, estávamos em lados opostos do banco. Comecei a sentir o pânico crescendo novamente, não podia mais sentir aquilo, não ia aguentar.Coloquei minha cabeça entre os joelhos e fiquei me balançando para frente e para trás, aos berros, literalmente aos berros. Nunca chorei tanto em minha vida, era uma sensação que não desejaria nem a Taylor. Me atrevi a olhar para fora, parecia que via aqueles olhos em todos os lugares, era como se aquele sujeito estivesse em todas as partes. Ninguém no carro falava ou fazia nada, vomitei no chão bem próximo a porta.
— Por favor, isso tem que parar. Alguém faça isso parar! — gritei.
— Demi — a Sel estava chorando, triste por me ver nesse estado. Tentei me controlar, mas estava em uma crise de pânico.
— Não. Não. Não. Não — meu corpo todo tremia, minha vontade era vomitar novamente, me esconder em casa e não sair nunca mais.
— Demi. Calma — Joe me puxou para perto dele, estava segurando meus braços. Tentei me soltar, não sabia o que estava fazendo, só queria fugir de tudo e de todos naquele momento. — Está tudo bem agora. Tudo vai ficar bem. Estou aqui agora — ele me puxou para seu peito, me deixei levar, fiquei ali chorando. — Estou aqui agora — ele dizia enquanto limpava as minhas lágrimas e mexia em meu cabelo, como se me embalasse para dormir.
— Vamos embora, Nick. Rápido — ele disse para o amigo.
Nick deu partida no carro e saiu a mil por hora dali,e durante uns minutos ninguém disse nada.

............continua.............

NOSSA,QUE CAPITULO HEIN  ?!!!  MEU DEUS ...OS OLHOS BRANCOS DE NOVO !!!
ESTÃO TODAS CURIOSAS PARA SABER O QUE ELES SÃO NÉ ...?!!
MAS NÃO DIGO !!! VÃO TER QUE DESCOBRIR,NA HORA CERTA VOCÊS VÃO SABER !
BOM, DIANTE DESTE CAPITULO: FOFO E SOMBRIO ....EU NÃO TENHO MAIS NADA A DIZER !!!  ENTÃO...COMENTEM MEUS AMORES ...BEIJOSSS !!!!














7 comentários:

  1. Ai meu deus posta mais um hj vai pleaseeeee! Ta muito foda e to muuuuuito curiosa kk

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  2. aaaaaah posta logoooooo, eles são anjos...vampiros!? q duvida tremendaaa posta logooo

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  3. Posta mais esta historia esta muito boa

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  4. Amei! Quem será que é o "cara" dos olhos brancos? Meu Deus :))
    Amei amei e quero mais
    Beijos , Fabíola Barboza

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  5. Não vejo a hora de você postar o capítulo em que o joe e o nick são....to super curiosa....toda hora eu penso nisso....to quase pra ficar maluca kkkkkkk....de tanta curiosidade...
    Posta logoo
    Beijos

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  6. vc quer me matar de curiosidade né??? eu preciso saber o mais rápido possível o que Joe e Nick são!!!
    tadinha da Demi, Joe esta brincando com os sentimentos dela, e isso é horrível, ele tinha que ser igual o Nick, mais romântico :/
    posta logo e Happy Jemi Day!

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