quinta-feira, 6 de março de 2014
capitulo 3
Meu corpo todo provava de um estado de inércia ao cruzar o portal que marcava a saída do bosque, algo dentro de mim estava pegando fogo. Minha vontade era de correr de volta e bater nele, ou correr sem rumo até a minha bronquite explodir com meus pulmões.Olhei para trás, ele não me seguia. De certa forma isso me deixou decepcionada, não havia nada além dos dois guardas encostados na guarita na entrada do parque. Olhar para eles fez com que me sentisse uma idiota, “Por que não me lembrei deles ontem, quando achava que estava sendo atacada?”, eles me olhavam com uma cara que me fez imaginar como estava a minha.Cheguei em casa, meu pai ainda não havia voltado. Fui direto para o quarto, meu FACE estava aberto e estava piscando, era a Sel. Não contei nada, mesmo com ela me questionando sobre o motivo de eu ter demorado quase meia hora para responder. Expliquei que estava lá embaixo fazendo algo na cozinha e que havia esquecido o FACE aberto.Decidimos que no dia seguinte depois do colégio iríamos ao shopping, precisava me distrair mesmo, minha cabeça estava torrando meus neurônios.
Tomei um banho e deitei na minha cama, fechei os olhos sem me permitir pensar em absolutamente nada, mas os meus sonhos não são controláveis. Aquele pesadelo de novo.
Está chovendo, acordo no meio da noite, sinto que há algo errado. Desço as escadas descalça e correndo, saio na rua, um carro está parado lá, bem no meio, com todas as portas abertas. Me encharco inteira, mas não ligo. Corro até o carro, uma mulher está estirada lá, tem sangue por toda parte. Ela apenas diz, “Cuide do meu bebê”. Olho em volta, não há criança alguma. Digo a ela: “Não consigo encontrar seu filho”. De repente, ela vira Joe de olhos brancos, que agarra meu pulso e diz “Te Achei”. Essa era nova. Joe literalmente havia virado meu pior pesadelo. Acordei assustada e suando como sempre, respirei fundo e disse a mim mesma “É só um maldito pesadelo”, voltei a dormir.
Na escola tudo correu bem. Joe não foi, flagrei a mim mesma olhando para seu lugar vazio um milhão de vezes. Obviamente que sua namorada Glitter me pegou olhando para lá e não pareceu gostar muito desse fato.Sel e eu fomos ao shopping depois da aula. O pai dela nos deixou lá de carro, era legal andar de carro de vez em quando, mais legal ainda fingir que ele era meu pai. Entramos em várias lojas, a Sel comprou um monte de coisas. Ela simplesmente surtava em locais como aquele, definitivamente os pais dela iriam pirar quando vissem a fatura do cartão de crédito. Só fiquei olhando e concordando com as roupas que gostava, embora a maioria não fizesse meu estilo.
— Demi, você não vai levar nada? — não é que meu pai ganhasse mal, é que ele não me dava dinheiro para roupas de marca. Roupas eu tinha, elas só não eram muito legais.
— Não trouxe dinheiro, Sel. Deixa, outro dia levo alguma coisa.
— Não senhora, já é um parto te arrastar para o shopping, ainda não sei como você concordou tão fácil.
— Até parece.
— Vamos, compro alguma coisa e depois você me paga — sabia que isso era desculpa, ela não me deixaria pagar depois, mas discutir também não era uma opção.
— Ok. Você sabe que não gosto disso, mas vai, hoje você venceu!
— Boa menina — ela já voltava para os locais onde as roupas estavam. — Gostei daquela blusinha azul escura em “V”, ela com uma calça jeans decente vai fica perfeita.
— Minha calça é decente.
— É. Só que com ela você parece que não tem bunda, uma nova vai marcar seus atributos.
Resolvi não discordar e provar a roupa que ela falou. A calça jeans escura ficou ótima, tenho que admitir que minha bunda estava realmente mais bonita nela, minhas coxas também. Quanto à cor da blusinha ela também acertou, gosto de azul, mas o decote em “V” não me agradou, escolhi outra, da mesma cor, mas regata normal, justa. Eu estava realmente bonitinha, era de extremo bom gosto e bem diferente do que estava acostumada a usar. Geralmente era nada de decotes, nada de roupas apertadas e coloridas demais. Ela me fez sair vestida daquela maneira do provador, carregando as etiquetas para o caixa, no caminho ainda comprou um brinco para combinar, mais duas blusas e um vestido relativamente curto, que quem sabe em alguma outra encarnação eu tivesse a ousadia de usar.
Fomos direto para o banheiro com ela me puxando pelo braço a longos passos, quase correndo. A Sel tinha alguns surtos de me fazer parecer sua boneca de estimação, geralmente eu invocava, mas hoje estava mesmo precisando de distração. Inacreditavelmente estava me divertindo com aquilo tudo. Ela fez uma maquiagem rápida em mim no banheiro, batom, lápis de olho e rímel. Com certeza minha amiga em nada se parecia com as Glitters, mas tinha seu kit de primeiros socorros sempre à mão.
— Pronto. Agora vamos desfilar por aí. Vamos tomar um sorvete.
— Olha, amiga, gostei do look, mas não sei não. Ficar carregando essas sacolas todas não vai ser divertido.
— Chega, Demi. Você vai e pronto. Aliás, não vamos carregar as sacolas, a vendedora manda tudo para a minha casa depois............
Subimos até a praça de alimentação e todos nos olhavam, não podia negar que era divertido chamar atenção, mas ao mesmo tempo incomodava. Afinal de contas, a última vez que chamei atenção foi quando tropecei na Educação Física e caí de cara no chão e não foi nada agradável.
— Viu, Demi. Não disse?
— O que exatamente?
— Por Deus, não disse que você está linda? Os caras não param de babar em você.
— Oh. Isso. Ah, estão olhando para você também — os meninos passavam assobiando e chamando nossa atenção de maneiras diferenciadas.
— Vamos achar uma mesa e pedir uma porção de batatas com bacon.
— Agora você falou a minha língua, estou morrendo de fome — nós não havíamos almoçado ainda e meu estômago roncava.Sentamos e enquanto esperávamos a batata e o refrigerante, dois rapazes sentaram na nossa mesa. Eu queria morrer, nós não os conhecíamos, mas a Sel conversava naturalmente com eles, como se já fossem amigos. Tentei fazer o mesmo, mas não estava dando muito certo. Um dos caras sentou perto de mim, muito perto.
— Então, como a princesa se chama? — pensei: Sério? Princesa? Ah, por favor.
— Demetria — respondi o básico. Uma lembrança tomou conta da minha cabeça: “Demi combina com você. Doce demais, frágil demais e não é muito bonita. Definitivamente, não é meu tipo de garota favorita”
— Lindo nome — ele dizia sorrindo de um jeito bobo.
— Obrigada — estava ali do lado de um cara lindo, que estava me tratando super bem e só conseguia pensar no ogro do meu colega de classe?
Pensei que fosse desmaiar quando olhei para a mesa da frente. Senti aquela impressão de que alguém está te olhando e lá estava ele, olhando para mim, de uma forma intimidadora. Nick estava com ele. Voltei minha atenção para o menino do meu lado.
— O meu é Sterling. Você tem namorado? — queria que ele sumisse, eu queria sumir. Estava tonta, não conseguia respirar, minha cabeça girava, Joe não tirava os olhos de mim.
— Não. Não tenho namorado.
— Gostei dessa informação — tentei sorrir, mas não acredito que tenha sido muito convincente.
Olhei para Joe e, Deus, como ele era lindo. Estava de azul e jeans, seu cabelo com leves cachinhos, como sempre, sua boca perfeita, mas seus olhos não estavam amigáveis. Seria possível ele me detestar tanto assim a ponto de odiar me encontrar no shopping?
A tristeza aumentava a cada segundo, estava a ponto de cair em prantos, aquilo estava acabando comigo. Por que estava triste, afinal? A Sel pareceu notar algo estranho, ela olhou para trás, os viu e ficou transparente......
— Meninos, minha amiga e eu vamos ao banheiro. Já voltamos — ela disse já levantando da mesa, não disse nada, parecia que ia vomitar. Literalmente ele revirava meu estômago. Entramos às pressas no banheiro.....
— Amiga, estou ferrada, com aqueles dois na nossa mesa minhas chances com o Nick foram para o espaço Me apoiei na bancada da pia e olhei no espelho. — Você viu como o Joe está lindo?
— Oh, meu Deus, você notou? Você viu?
— Olha, Demi, você está me preocupando. É claro que vi, o cara está deslumbrante. Bom, temos que despachar aqueles dois. Pena, porque são bem gostosinhos.
— Sel — ia acabar vomitando meu coração, porque ele realmente parecia estar localizado abaixo das minhas amídalas.
— O quê? Vai falar que não achou? Esquece, temos que voltar rápido antes que o Nick vá embora, quem sabe ainda consigo reverter a situação.
— Oh, céus, tudo bem, vamos lá recuperar seu príncipe encantado.
Saímos do banheiro. Olhei para nossa mesa, os caras ainda estavam lá, nossa batata tinha chegado e minha fome foi para o espaço no momento que vi Joe e Nick na nossa mesa também. Senti a Sel ficando rígida ao meu lado, mas continuamos indo em direção a eles. Nos sentamos novamente, eu estava de frente para Joe e ao lado do Sterling.
— Então — por que os garotos começam a puxar conversa com “Então”? — cara, você é linda.
Tentei não fazer o que fiz, mas foi inevitável, olhei para Joe. Ele tinha os punhos fechados, sua respiração estava pesada e seus olhos não saíam dos meus.
— Sua boca dá vontade de beijar — oh... Agora as coisas estavam se complicando, só conseguia pensar “Oh, Meu Deus”. Consegui prestar atenção no que a Sel falava e ela dizia para o outro menino e para o Nick “O quê? Vocês se conhecem?”. Voltei minha atenção para o Sterling.
— Ah, Sterling... — ele não me deixou terminar, colocou um dedo na minha boca e veio se aproximando; não tinha muita experiência nisso, mas o cara ia me beijar. Parecia que o tempo tinha parado, despertei com a voz de Joe.
— Fique longe dela. Vai ser melhor para você — todos na mesa o encararam.
— Cara, acho que ela deve escolher quem fica perto dela ou não — Joe ia responder, mas falei antes.
— Concordo — seu olhar era do mais alto nível de fúria. — Por isso vou para casa. Sel ?
— Ah, sim, claro. Casa — ela estava em choque, só não sabia qual de nós era o motivo. Nós duas levantamos e fomos em direção à saída, mudas, o que era novidade.
O tal do Sterling nos seguiu juntamente com o seu amigo. Eu estava totalmente vermelha, o cara ficava dizendo “Espera aí gatinha”, “Eu não mordo”. Cara, isso era um mico, melhor, um King Kong. Depois de alguns minutos tortuosos, ele se calou. De repente alguém segurou meu braço. A Sel estava um pouco mais a frente, jurava que era o carinha, me virei com um tapa fervendo nas mãos, louca para mandá-lo pastar, mas era o Joe.
— O que você pensa que está fazendo, Demi ? — estava totalmente sem reação. Esperar que o garoto fosse me seguir e me puxar já era difícil, mas ver Joe fazendo isso era impossível. Minha cara era de pasma e ele ainda segurava meu braço.
— Joe ?
— Te fiz uma pergunta — quem ele era para falar assim comigo? Olhei de canto de olho para a Sel e a coisa também não estava muito boa para o lado dela, julgando pela cara do Nick.
— Passeando e você?
— Você conhece aquele cara?
— Você vem sempre aqui? — essa conversa não nos levaria a lugar algum. Tentei soltar meu braço, mas foi inútil......
— Perguntei. Se. Você. Conhece. Aquele. Cara. — céus. Ele falou assim pausadamente, entre os dentes. Seu rosto estava vermelho, ele ainda segurava meu braço, mas não com força.
— Joe. Relaxa aí, cara — Nick estava ao lado dele, com uma mão em seu ombro agora.
— Cai fora, Nick — ele parecia uma bomba-relógio.
— Cara, solta ela. Relaxa — a voz do Nick estava tensa, mas muito calma se comparada com Joe.
Ele soltou meu braço, algumas pessoas olhavam a cena. Ele respirou fundo algumas vezes, meu coração martelava no peito. A Sel estava do meu lado olhando para o chão, nunca a vi com vergonha na vida.
— Desculpe, Demi — ele disse sem me olhar. Não respondi nada, estava zonza demais para mexer qualquer músculo. Ele desviou de mim e foi embora seguido por Nick, que parecia dar um sermão nele. “Nada é tão ruim que não possa piorar”, meu pai sempre diz isso. Constatei que é verdade quando o Sterling chegou perto de mim.
— Princesa, ele te machucou? — só movi a cabeça, fazendo que não. A Sel estava muda, totalmente, novidade dois do dia. O Sterling tomou a liberdade de pôr uma mecha do meu cabelo, que é comprido e preto, atrás da minha orelha. De repente, senti um vácuo passar pela minha cabeça e atingi-lo. Primeiro não entendi o que vi, mas depois ficou claro: Sterling estava no chão, com Joe em cima dele, levando socos.
Poderia e deveria ter feito algo, mas não fiz. Depois de uns cinco ou seis socos, Joe se levantou do chão, ainda olhando para o menino e disse: “Eu te avisei para ficar longe dela”, passou por mim e esbarrou no meu ombro com força. Não podia acreditar que aquilo estivesse mesmo aconte-cendo, devo ter entrado em estado alfa, porque não vi o tal de Sterling ir embora. Sinceramente não sei o que aconteceu com ele, tampouco vi o tamanho do estrago em seu rosto. Assim que “acordei” a Sel ligou para o seu pai ir nos buscar.........
— O que eles estavam fazendo na nossa mesa? — incrível que de todas as coisas que rondavam a minha mente essa tenha sido a primeira pergunta que fiz.
— Nick conhecia o David — nunca vi minha amiga pálida daquele jeito.
— Quem?
— O outro menino, Demi, acorda!
— Ah, claro — processei a ideia um segundo. — Conhecia de onde?
— Sei lá. Algo a ver com Nick dar algum tipo de aula para ele.
— Aham — pensei em perguntar aula do quê, mas ela não estava com cara de quem queria conversar. Deixei para lá. O pai dela chegou, entramos no carro. Não trocamos mais nenhuma palavra, acho que simplesmente não sabíamos o que falar. O pai dela me deixou na frente de casa, esbocei um “Tchau, te ligo depois” e saí do carro. Gostaria de ter o telefone de Joe, gostaria de poder ligar e xingá-lo. O que diabos foi aquilo tudo? Parei na nossa pequena varanda. Era a parte que mais gostava na casa, tinha uma cadeira de balanço, que foi uma das únicas coisas da minha mãe que meu pai trouxe da nossa casa antiga, lá era meu lugar preferido para refletir. Perdi a noção de quanto tempo fiquei ali, balançando e tentando achar razões lógicas para o que estava acontecendo. Fingi por vários minutos que minha mãe estava dentro de casa, fazendo qualquer coisa, quem sabe um bolo e que eu iria entrar em casa e nós duas passaríamos o resto do dia conversando. Contaria a ela sobre Joe e sobre o beijo, o fato de ele ter namorada e bater em um cara por minha causa. Senti lágrimas escorrendo pelo meu rosto, elas me lembravam de que minha mãe não estava lá e nada disso aconteceria. Dei-me conta de que havia dado meu primeiro beijo e nem ao menos podia contar a minha melhor amiga, o que diria a ela? “Oi, Sel, beijei o Joe no bosque à noite, depois de ser atacada por ele e de ter fugido. Ah, é, ele finge que nada aconteceu, namora a Taylor e não me lembro de como voltei para casa”. Ia ser patético. Minha amiga me ama, mas até eu já estava começando a imaginar que meu lugar era no hospício. Poxa, o cara muda a cor dos olhos, muda o humor, o comportamento, caramba... É de enlouquecer. Mas ele beija bem, disso me lembro com perfeição. Seu cheiro, não consigo descrevê-lo, mas é maravilhoso, a voz dele é penetrante, o contato do seu corpo, dos seus lábios... Chega, Demi ! Você está ficando obcecada. Estava tomando fôlego para entrar quando recebi uma visita.
— Espero não estar atrapalhando — não acreditei. Não esperava vê-lo na minha casa.
— Não está.
— Podemos conversar? — era muito estranho vê-lo depois daquele dia fatídico, mas minha curiosidade estava a mil, igual ao meu coração.
— Claro, Nick, podemos sim. Vamos entrar.
Abri a porta de casa tremendo, mil coisas passavam pela minha cabeça. Ainda bem que a casa estava sempre limpa, o convidei para sentar no sofá, ele aceitou. A Sel tinha motivos para gostar dele, o cara era um deus grego.
— Você está com fome? — sei lá se realmente tinha algo para oferecer para ele comer, mas tentei ser educada......
— Não obrigado. Já comi no shopping — a lembrança do que aconteceu lá embrulhou meu estômago. — Deve ser difícil para você, não é mesmo?
— Do que você está falando?
— Viver em uma casa assim, sozinha. Sei que seu pai viaja muito e que sua mãe faleceu — bem, isso não era segredo para ninguém, mas me surpreendeu que ele tivesse comentado.
— Com o tempo a gente acostuma.
— Para você, como menina, deve ser complicado — aquilo já estava me irritando, onde ele queria chegar?
— O que te trouxe aqui, Nick ? O que exatamente você veio me falar? — tentei disfarçar o nervosismo.
— Nossa. Ele me disse mesmo que você era direta — aquilo fez meu cérebro entrar em curto. Ele falava de mim? Ele falava de mim para o amigo dele? Isso me fez pensar até onde Joe sabia. Ele sabia do beijo?
— Vim aqui para te fazer um pedido, Demi.
— Qual? — mal ouvi minha voz, meu coração batia tão forte que estava me deixando surda. Ele não respondeu, pareceu ponderar, ele olhava para baixo.
— O que exatamente ele pediu para você me dizer?
— Oh, não. Joe não sabe que estou aqui, ele me mataria se soubesse — aquilo era decepcionante de certo modo, por outro lado me deu alívio. Talvez Joe não me quisesse despachar. Ah! Claro! Isso se eu esquecesse o fato de que ele tem namorada. Idiota!
— Qual o seu pedido então? — de repente uma ideia me invadiu a mente, talvez ele estivesse ali pela Sel.
— Vim aqui para te pedir que... — ele respirou profundamente, levou as mãos aos cabelos o bagunçando. — Fique longe de Joe.
— O quê? — ele veio até a minha casa para me dizer isso?
— Ele é meu melhor amigo, mas fique longe dele, Demi. Isso não vai trazer nada de bom para você, muito menos para ele — agora sim, agora meu dia estava tendo um desfecho esplendoroso.
— Olha, Nick, não sei o que exatamente ele te disse, mas não tenho nada a ver com ele. Joe é namorado da Taylor, você deveria pedir a ela para se afastar dele ou será que o seu pedido envolve somente a mim? Ela podia ficar com ele e eu não? Sério? Aquela Glitter? Isso já era demais para suportar.
— Ele não me disse nada, mas o conheço, Demi — ele parecia inquieto, talvez fosse besteira da minha parte, mas parecia ponderar em me dizer mais coisas. — Com relação a Taylor, bom... É diferente. É complicado......
— Vocês realmente são amigos. Inclusive usam as mesmas desculpas. Dizer que uma coisa é complicada não é bem uma explicação — estava muito irritada. Qual é? O cara vem aqui me deixar mais confusa ainda, meu Tico e Teco já estavam entrando em conflito. — Quero respostas, Nick. Quero entender o que eu vi e o que ando sentindo.....
— Como assim o que você anda sentindo? — agora ele parecia mesmo assustado.
— Se soubesse não precisaria entender, certo? — os olhos dele pareciam que iam saltar da órbita.
— Demi, sou muito bom em ler os sentimentos das pessoas, muito bom mesmo — ele fechou os olhos e sua mão direita com força, quando disse a última parte. — Pare, afaste-se dele, evite seus sentimentos.
Não sei bem o motivo, mas meus olhos se encheram de água. Estava lutando muito para não chorar, minha garganta doía devido à força de manter as lágrimas longe. Levantei do sofá, precisava de um copo de água. Parei em frente à pia, peguei um copo do escorredor de louças, enchi de água, olhei para fora da janela que ficava bem em cima da pia; estava de noite agora e no meio da escuridão dois olhos brancos me olhavam fixamente. Meu coração deu um salto e apertei tanto o copo que ele estourou na minha mão, dei um grito, olhei e havia cortado minha mão. Nick veio correndo da sala, olhei para a janela novamente, mas nada. Seja o que for não estava mais lá.
— Demi, o que aconteceu? — olhei para ele assustada e como que por reflexo olhei pela janela novamente, tentando achar a explicação para aquilo que tinha acabado de ver. — O que, Demi ? O que tinha lá fora? Ele perguntou depois de seguir meu olhar.
— Não sei ao certo, você não acreditaria — não sabia nem se eu acreditava.
— Tente — ele pegou um pano de prato que estava ao lado da pia e enrolou na minha mão que sangrava.
Sinceramente, não sei que bicho me mordeu, mas me abri com ele.
— Vi alguém — ele me olhava atentamente. Tomei fôlego. — Alguém com os olhos totalmente brancos. Brancos fluorescentes — esperei ele me chamar de louca.
— Você conseguiu ver quem era? — estava pasma. Ele estava acreditando em mim?
— Não.
— Desculpe, vou ter que correr. Você vai ficar bem? — ele disse apontando para a minha mão, que já não estava sangrando tanto.
— Sim. Vou ficar bem — ele foi caminhando na direção da porta. — Nick ?
— Sim — ele se virou para mim.
— Você sabe quem era a pessoa lá fora?
— Espero sinceramente que não — dizendo isso ele se foi.
.................continua ..................
OI GENTE ...TO SUPER FELIZ HOJE ...PORQUE ...PRIMEIRO : GANHEI MEU PRIMEIRO SELINHO ....E SEGUNDO : QUANDO EU VI OS COMENTÁRIOS TINHA 14 COMENTÁRIOS ....
MEU DEUS ....EU FIQUEI SUPER FELIZ MESMO ....E MUITO OBRIGADA DE CORAÇÃO ...
QUE BOM QUE VOCÊS ESTEJAM GOSTANDO DA HISTÓRIA ....
PELOS COMENTARIOS VI QUE VOCÊS COLOCARAM ALGUNS PALPITES SOBRE O QUE O JOE PODE SER ....BOM PELO O QUE EU LI ..NINGUEM ACERTOU .....
A PRIMEIRA IMPRESSÃO QUE DÁ É Q ELE É UM VAMPIRO ...UM LOBISOMEM ....
MAS NÃO É ND DISSO ...É UMA COISA TOTALMENTE NOVA ...QUE EU ACHO ...OU TENHO QUASE CERTEZA QUE VOCÊS NUNCA OUVIRAM FALAR ..
ESTÃO CURIOSAS ?????
BOM ...MAIS TARDE ....POSTAREI O PRÓXIMO CAPITULO OK ?
10 COMENTÁRIOS PARA O PRÓXIMO ???
VAMOS LÁ AMORECOS !!!! *-----*
BEIJOSSS
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Ele e o nick são híbridos?bruxos??? Ahh eu não sei :(((( mas a história me lembra o seriado da Bela e a Fera. Bjinhos
ResponderExcluirSão pessoas normais com o DNA geneticamente mudados????
ExcluirO q ele é um duende ????? MDSSSSS posta logo to pirando akiiii , ja entrei aki umas 50 vezes desde q vc posto :/
ExcluirTá querendo me matar né
ResponderExcluirMais não morro não até saber o que o Joe e rum...
Parabéns você merece o selinho
Beijos
Um chupa cabra ? ahbhgshsh não faço idéia do que ele pode ser, mas continua postando pfvt ! Beijos
ResponderExcluiraaaaaa posta logooooo
ResponderExcluirAmeeeeeeiiii posta logooooooo
ResponderExcluirMeu deus Estou Adorando a Fic.
ResponderExcluirAcho que o joe Pode ser um Bruxo.
Poste logo!!! Bjs
ele é um anjo caído??
ResponderExcluirPosta mais um hoje por favor
ResponderExcluirEssa fic é demais e muito viciante
Tá perfeita
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ResponderExcluirO que ele é??? Meu Deus morri mil mortes eu preciso demais capítulos
ResponderExcluirBeijos Fabiola Barboza.
Joe é um feiticeiro,um zumbi,um alienígena kkkkkkk....não sei :/
ResponderExcluirTo curiosa aqui para saber....
Posta logoo
Beijos
Joe é um pária...um nerfilim...
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