quinta-feira, 12 de junho de 2014

capitulo 32

DEMI *




Depois de me ver acabar com duas caixas de lenço de papel, Selena desistiu de me consolar e me deixou chorar à vontade, até que adormeci.
Agora de manhã, peço a ela para manter as cortinas fechadas; assim o quarto fica em penumbra. Afinal, o que há de errado em passar o dia inteiro na cama?
— Obrigada por não ter dito “eu bem que avisei” — agradeço dando uma olhada no guarda-roupa de Selena. Vou ter que vestir algo quando ela me obrigar a sair deste quarto.
Selena está se maquiando em frente à penteadeira.
— Eu não disse... Mas pensei nisso com toda certeza.
— Obrigada — eu digo secamente.
Selena inspeciona o guarda-roupa e acaba escolhendo um jeans e uma camisa de mangas compridas.
— Vista-se Demi. Minhas roupas não ficarão tão bem em você quanto as suas. Mas mesmo assim, você continua sendo a garota mais bonita de Fairfield.
— Não diga isso.
— Por que não, se é verdade?
— Não é não. Meu lábio superior é muito... grande... e carnudo.
— Os rapazes acham sexy. E as estrelas de cinema pagam milhões para ter lábios carnudos.
— Meu nariz é meio torto...
— Apenas sob um determinado ângulo.
— Meus seios são meio desengonçados.
— Seus seios são do tamanho perfeito Demi. Os rapazes são loucos por seios assim. — Selena me puxa pela mão colocando-me diante do espelho. — Encare a verdade Demi... Você é um modelo de beleza. Ok, seus olhos estão vermelhos, você está abatida e com olheiras depois de passar a noite chorando. Mas afinal, é preciso seguir adiante. Agora olhe para o espelho e diga em voz alta: Eu sou maravilhosa.
— Não.
— Ora, vamos... Você se sentirá melhor depois. Encare o espelho com firmeza e grite: Meus peitos são lindos e firmes como uma rocha!
— Nem pensar.
— Você consegue ao menos reconhecer que seus cabelos são muito bonitos?
Olho para Selena:
— Você costuma falar consigo mesma diante do espelho?
— Sim. Quer ver? — Ela me empurra para o lado, se olha no espelho e diz: — Hum... Nada mal Selena... Justin é um cara de sorte. — Então se vira para mim. — Viu? É fácil!
Em vez de rir, começo a chorar.
— Puxa, será que sou tão feia assim?
Respondo não com um gesto de cabeça.
— Você está chorando porque minhas roupas não são tão sofisticadas quanto as suas? Sei que sua mãe expulsou você de casa mas... Bem, será que ela nos deixaria fazer uma excursão pelo seu closet? Não sei por quanto tempo você suportará usar as minhas roupas que nem são do seu número!
Minha mãe não ligou para cá ontem à noite procurando por mim. Eu até esperei por isso, mas como sempre, ela raramente corresponde às minhas expectativas. Quanto a meu pai... Talvez nem saiba que passei a noite fora de casa. Bem, eles podem ficar com minhas roupas. Provavelmente irei até lá durante o dia sem que eles saibam para ver Shelley.
— Quer um conselho? — Selena pergunta.
Olho para ela com certa cautela.
— Não sei. Desde o começo você foi contra esse namoro.
— Não é verdade Demi. Sei que eu não disse isso antes  mas... Joe é realmente um cara legal quando está relaxado. Eu me diverti muito naquele dia em que fomos a Lake Geneva. Justin também gostou; disse que Joe era um cara tranquilo, bom de se conviver. Não sei o que aconteçeu entre vocês dois, mas acho que você tem duas opções: esquecê-lo, ou dar a ele tudo o que tiver no seu arsenal.
— É isso que você dá a Justin ?
Ela sorri:
— Às vezes Justin precisa de um puxão de orelhas. Quando nosso relacionamento começa a ficar muito cômodo, faço alguma coisa para mudar o ritmo, a dinâmica... Não quero que você interprete meu conselho como um pretexto, uma desculpa para ir atrás de Joe. Mas se você realmente gosta dele, quem sou eu para dizer: “não vá”? Detesto ver você assim, infeliz Demi.
— Eu parecia feliz quando estava com Joe ?
— Exaltada... Acho que é esta a palavra. Mas sim, eu vi você feliz sabe? Feliz como não via há muito, mas muito tempo mesmo. Quando a gente ama alguém desse jeito, os altos e baixos são... radicais. Fatais. Ou estamos muito bem, ou estamos muito mal... Você não concorda?
— Sim... Mas falando desse jeito, até parece que sou bipolar.
— O amor faz isso com a gente.

JOE *



Estou em casa tomando o café da manhã, no dia seguinte ao que Demetria apareceu de surpresa no velho armazém. A porta se abre devagar, e uma cabeça se insinua no vão...
— Harry, se for você, é bom ficar longe de mim! — eu aviso.
Minha mãe me dá um tapa na cabeça:
— Isso é jeito de tratar seus amigos Joseph ?
Volto a comer, enquanto minha mãe abre totalmente a porta para aquele... traidor.
— Você não está zangado comigo Joe... — diz Harry. — Está ?
— Claro que não — minha mãe responde por mim. — Agora sente-se e coma. Fiz chouriço com ovos.
Harry tem a ousadia de me dar um tapinha no ombro e dizer:
— Eu perdôo você cara.
Olho primeiro para minha mãe, para me certificar de que ela não está prestando atenção. Então me viro para Harry:
— Você me perdoa?
— Onde você arranjou esse lábio inchado Harry ? — diz minha mãe, observando o ferimento que eu mesmo causei.
Harry toca o lábio levemente.
— Isso? Ah, eu caí bem em cima do punho de um cara. A senhora sabe como é...
— Não sei não. Você tem caído em tantos punhos ultimamente que num dia desses acabará indo parar no hospital — ela o repreende. — Bem, estou saindo para o trabalho. Harry, veja se consegue ficar longe de encrencas, sí ? E Joseph, não se esqueça de trancar a porta quando sair.
Olho para Harry.
— O que foi? — ele pergunta.
— Você sabe muito bem o que foi! Como pôde levar Demetria ao velho armazém?
— Desculpe — diz Harry atacando a comida. — Estou arrependido.
— Não está não.
— Ok, é isso mesmo. Não estou.
Harry usa os dedos para pegar os alimentos e jogá-los na boca. Isso me aborrece ainda mais.
— Não sei por que continuo aguentando você cara.
— Deixe isso pra lá e me conte o que aconteceu entre você e Demetria ontem à noite — diz Harry, enquanto saímos de minha casa.
Sinto náuseas; meu café da manhã está ameaçando voltar à boca... E não exatamente por conta dos hábitos alimentares de Harry, mas porque estou com raiva. Muita raiva.
Agarro Harry pela gola da camiseta:
— Está tudo acabado. Não existe mais nada entre Demetria e eu. E nunca mais quero ouvir o nome dela.
— Falando no diabo... — diz Harry virando a cabeça. Eu o solto e olho na mesma direção, esperando ver Demetria. Só que ela não está ali... E a próxima coisa que percebo é o pulso de Harry me acertando em cheio no rosto.
— Agora estamos quites Joe. E cara, se a Srta. Lovato souber que você me ameaçou só porque falei o nome dela... As coisas vão ficar bem ruins para o seu lado. Sei que você poderia me matar se quisesse, usando apenas as mãos. Mas tenho de confessar uma coisa: acho que você não faria isso.
— Eu não teria tanta certeza... — Levo a mão ao queixo e sinto gosto de sangue. Tomo fôlego, me armo de paciência e digo: — Harry, é o seguinte: vou parar de pegar pesado com você... E você vai parar de se meter na minha vida, principalmente nos meus problemas com Hector e com a Srta. Lovato... Entendeu?
— Acho que eu já disse, mas vou repetir: essa história de me meter nas suas histórias é o que me mantém vivo... E me dá força para seguir em frente. Puxa, nada me entretém tanto quanto a sua vida... Nem mesmo a surra que meu velho me deu ontem à noite quando chegou completamente bêbado.
Eu olho para o chão.
— Desculpe, Harry. Eu não deveria ter batido em você. Afinal, você já apanha tanto do seu velho.
Harry murmura um “não se preocupe com isso”.
Ontem pela primeira vez, me arrependi do que fiz... Harry tem levado tantas surras do seu velho que provavelmente vive machucado. Sou um completo imbecil por ter batido nele.
De certo modo, estou aliviado com o fim do meu namoro com Demetria. Não sou capaz de controlar meus sentimentos, nem minhas emoções quando ela está por perto.
Preciso evitar essa menina. E vou conseguir... Menos na aula de Química é claro. Que azar essa nossa parceria. Mas tudo bem... vou sair dessa.
O problema é que mesmo não estando mais com Demetria, continuo pensando nela quase que o tempo inteiro. Tenho que esquecer essa menina.
Outra coisa boa que resultou do nosso rompimento: nessas duas últimas semanas, tive tempo de pensar sobre o assassinato do meu pai.
Aquela noite está começando a me voltar à memória em flashes. Mas tem uma coisa que não se encaixa, uma coisa que ainda não consegui entender: pouco antes de morrer, meu pai conversou com alguém; estava muito tranquilo, sorrindo, totalmente à vontade... E de repente ficou espantado, nervoso ao ver uma arma apontada para o seu peito. Mas então, ele conhecia o assassino. E claro que ele não esperava por isso de modo algum... Caso contrário teria sido mais cauteloso, atento, teria se defendido não? Portanto, a conclusão é simples: meu pai foi morto à traição.
Esta é a noite de Halloween, a noite que Hector escolheu para a entrega do carregamento...
Passei o dia inteiro inquieto. Trabalhei em sete carros hoje. Fiz de tudo, desde trocar óleo até substituir peças desgastadas, consertar vazamentos... Tudo.
Deixei a arma que Hector meu deu, na gaveta da cômoda. Não quero andar armado, a menos que seja absolutamente necessário... É uma estupidez pensar assim porque esta será a primeira vez de muitas, que vou traficar. Portanto, de hoje em diante as coisas mudarão um bocado. Provavelmente terei de carregar uma arma comigo o tempo inteiro.
Você é igual ao seu velho.
Tento sufocar essa voz que fica falando dentro da minha cabeça, que me atormentou o dia inteiro... Mas não consigo.
Igualzinho ao seu velho.
Lembro-me das muitas vezes que meu pai disse:
Somos cuates, Joseph. E isso significa: “Você e eu somos muito próximos.”
Ele sempre falava em Espanhol como se ainda estivesse no México.
Algum dia você será forte como seu pai?
Sempre vi meu pai como se ele fosse um deus.
Claro papá. Quero ser como você.
Meu pai nunca disse que eu poderia ser, ou agir melhor que ele. E não posso mesmo. O que estou prestes a fazer provará de uma vez por todas que sou uma cópia, uma xerox do meu velho. Tentei ser diferente para mostrar a Nick e Frankie que eles poderiam seguir por outro caminho, para ter uma vida mais decente. Sou mesmo um idiota por achar que poderia servir de modelo aos meus irmãos. Justo eu!
Meus pensamentos agora se concentram em Demetria, que certamente irá à festa de Halloween com outro cara. Ouvi dizer que ia com o ex-namorado. Posso até vê-la nos braços do outro... E tento sufocar essa imagem. Tento esquecer que o cara vai beijar Demetria a noite inteira. Mas claro... Qualquer um iria querer beijar aqueles lábios macios, suaves, doces.
Vou trabalhar até a hora de sair para receber o tal carregamento. Pois se ficar sozinho em casa, acabarei enlouquecendo de tanto pensar. Aqui mesmo, trabalhando com o martelo e uns rebites, acabei afrouxando a mão e um rebite me acertou bem no meio da testa. Tudo por culpa de Demetria...
Por volta de oito horas, estou tão furioso com minha parceira de Química, que não quero nem saber se essa raiva tem fundamento... Ou não.

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UM BÔNUS PARA VOCÊS   !!!!!!!!

DEMI *



Estou em frente à oficina do Enrique, fazendo exercícios de respiração para evitar uma crise nervosa. Não vejo o Camary de Enrique por aqui. Portanto, Joe está sozinho.
Vou seduzir Joe.
Se essas roupas que estou usando não servirem para cativar a atenção dele, então nada servirá. Vim bem preparada, com toda a minha... artilharia. Bato na porta e então fecho os olhos com força, rezando para que tudo corra de acordo com o que planejei.
Abro meu casaco longo de cetim prata-metálico, e o ar frio da noite percorre minha pele exposta. O ranger da porta me avisa da presença de Joe... Então abro os olhos lentamente.
Mas ao contrário do que eu esperava, não são os olhos negros de Joe que se fixam em meu corpo quase nu... E sim os de Enrique. Ele olha para o meu sutiã pink rendado, e para a minha minúscula saia de líder de torcida com uma cara de quem acaba de ganhar na loteria.
Morta de vergonha, fecho o casaco rapidamente.
— Ei Joe! — diz Enrique rindo. — Você tem visitas nesta noite de Halloween... Alguém aqui está oferecendo “gostosuras ou travessuras”...
Aposto que meu rosto está vermelho como um pimentão, mas não vou recuar. Estou decidida a ir até o fim. Vim para mostrar a Joe que não vou abandoná-lo nesta hora difícil.
— Quem é ? — Joe pergunta de dentro da oficina.
— Eu já estava de saída — diz Enrique passando por mim. — Peça a Joe para trancar a porta. Adiós. — E se afasta pela rua escura cantarolando.
— Sim Enrique... ¿Quién está ahí? — Ao me ver, Joe se interrompe abruptamente. E me olha com desprezo antes de perguntar: — Está perdida...? Ou seu carro precisa de conserto?
— Nenhuma das alternativas — respondo.
— Você veio comemorar o Halloween neste lado da cidade?
— Não.
— Acabou  mujer. Entendeu? Por que você continua despencando na minha vida e detonando minha cabeça ? Além do mais, você não devia estar num baile de Halloween com algum cara da faculdade?
— Não estou a fim de perder meu tempo. Podemos conversar?
— Escute, eu tenho muito trabalho a fazer antes de sair. Por que você veio até aqui? E onde está Enrique?
— Ele... bem... Ele já foi — respondo nervosamente. — Acho que ficou assustado comigo.
— Assustado? Com você? Duvido.
— É que mostrei a ele o que estava usando, sob este casaco.
Joe  franze a testa.
— Por favor — eu peço — me deixe entrar antes que eu morra congelada.
Olho para trás. A noite está escura e misteriosa. O sangue corre a mil por hora em minhas veias. Cruzo os braços sobre o casaco apertando-o em torno de mim, enquanto sucessivos calafrios me percorrem. Começo a tremer. Com um suspiro, Joe me deixa entrar e tranca a porta. Felizmente, há um aquecedor bem no meio da oficina. Paro bem junto a ele e esfrego as mãos.
— Sinceramente, estou feliz por você ter vindo — diz Joe. — Mas nós não terminamos?
— Quero nos dar outra chance. Tem sido uma tortura fingir que somos apenas parceiros durante a aula de Química. Sinto sua falta Joe. Você não tem saudades de mim?
Ele me olha incrédulo, com a cabeça inclinada para o lado, como se não tivesse certeza de ter ouvido corretamente.
— Você sabe que ainda continuo na Sangue.
— Sei. Aceitarei o que você puder me dar Joe.
— Nunca serei capaz de corresponder às suas expectativas.
— E se eu disser que não tenho expectativas?
Joe toma fôlego e depois expira lentamente. Por sua expressão compenetrada, sinto que está pensando no que acabei de dizer.
— Vou lhe dizer o que posso dar... Você me fará companhia enquanto termino de jantar... E eu não perguntarei o que você tem... ou não tem... por baixo desse casaco. Certo?
Tento sorrir e ajeitando o cabelo respondo:
— Certo.
— Você não tem que fazer nada por mim... Entende? — ele diz afastando gentilmente minha mão. — Vou pegar uma manta; assim você não vai se sujar.
Eu espero, enquanto Joe abre um armário e pega uma manta de lã verde-claro muito limpa.
Nós nos sentamos na manta e Joe olha para o relógio.
— Quer comer? — ele pergunta apontando para o seu jantar.
Talvez eu me sentisse mais calma se comesse alguma coisa.
— O que é isso?
— Enchiladas. Minha mãe faz umas enchiladas perfeitas. — Ele finca um pedaço com o garfo e me oferece. — Se você não estiver acostumada a alimentos apimentados...
— Adoro sabores picantes — eu o interrompo, abocanhando o pedaço. Começo a mastigar... E adoro a combinação de sabores. Mas quando vou engolir, minha língua começa a se incendiar lentamente. Por trás desse fogo, há um sabor... Mas as chamas atravessam o caminho.
— Quente! — É tudo o que consigo dizer.
— Eu avisei. — Joe me oferece seu copo. — Aqui... Beba. O leite corta o sabor da pimenta imediatamente. Mas eu só tenho água.
Agarro o copo... E a água me refresca a língua. Mas quando termino de beber, o fogo volta com força total.
— Água... — eu peço.
Joe torna a encher o copo:
— Aqui, tome mais um pouco... Embora eu ache que não vá ajudar muito. Mas essa sensação não demora a passar.
— Você está bem?
Em vez de beber, mergulho a língua na água fria por alguns instantes. Ah...
— Chi ichtou béim? — pergunto com a língua dentro d’água.
— Ver você assim... é bastante... erótico. Quer outro pedaço? — ele pergunta com um sorriso malicioso e brincalhão como o Joe que eu conheço.
— Oh náum!
— Sua língua ainda está queimando?
Recolho a língua e respondo:
— É como se um milhão de jogadores de futebol estivessem sapateando sobre ela com chuteira e tudo.
— Ai! — Joe começa a rir. — Sabe, certa vez ouvi dizer que um beijo sempre ajuda a apagar o fogo...
— Este é seu truque barato para dizer que está querendo me beijar?
Ele me olha nos olhos como se me hipnotizasse.
— Querida, eu sempre estou querendo...
— Temo que isso não seja tão fácil Joe — eu o interrompo. — Quero respostas sabe? Respostas antes, beijos depois.
— É por isso que você está nua debaixo desse casaco?
— Quem disse que estou nua? — eu rebato, chegando mais perto de Joe.
Ele põe o prato de lado.
Se minha boca ainda está queimando... Eu nem percebo. Mas agora, é minha vez de dar as cartas:
— Vamos fazer um jogo Joe. Um jogo que eu chamo de “Pergunte... E Depois Tire”. A cada vez que você fizer uma pergunta, terá que tirar uma peça de roupa. E o mesmo vale para mim.
— Acho que posso fazer sete perguntas querida. E você?
— Livre-se de uma peça Joe. Você já fez a primeira.
Ele acena concordando, e tira um sapato.
— Por que você não começa com a camisa? — eu sugiro.
— Você percebe que acabou de fazer uma pergunta? Acho que é a sua vez...
— Eu não perguntei.
— Como não? — Ele sorri. — Você perguntou por que não comecei pela camisa...
Meu pulso está acelerado. Tiro a saia, puxando-a para baixo, mantendo meu longo casaco bem fechado.
— Agora faltam quatro.
Joe tenta se manter indiferente, mas está me olhando com uma fome que bem conheço... E quando ele passa a língua pelos lábios, aquele sorriso provocante desaparece de uma vez.
— Preciso de um cigarro. Foi uma pena ter parado de novo. Você disse quatro?
— Isso soou como uma pergunta Joe.
Ele sacode a cabeça.
— Não sua espertinha... Boa tentativa, mas isso não foi uma pergunta. Hum... Vamos ver: qual o verdadeiro motivo que trouxe você aqui?
— Vim porque queria mostrar o quanto amo você — eu digo.
Joe pisca algumas vezes... Mas afora isso, não mostra nenhum tipo de emoção. Tira a camisa pela cabeça e a joga de lado. Olho para seu tórax , para o ventre de músculos firmes... Ajoelho a seu lado na esperança de conseguir provocá-lo, de fazê-lo perder o controle.
— Você gostaria de ir para a faculdade? Seja sincero.
Ele hesita antes de responder:
— Sim. Mas só se minha vida fosse diferente.
Eu tiro uma sandália.
— Você já fez sexo com Zac ? — ele pergunta.
— Não.
Joe tira o outro sapato com os olhos fixos nos meus.
— Você fez sexo com Carmem ? — pergunto.
Ele hesita de novo:
— Você não vai gostar da resposta.
— Vou sim. Quero saber tudo: com quantas pessoas você já esteve, com quem foi a primeira vez...
Joe leva a mão à nuca, pressionando-a como se ali houvesse um nó, um ponto de tensão que ele tenta aliviar.
— Você fez muitas perguntas em uma só. Bem, com Carmen eu... Hum... Sim, nós fizemos sexo. A última vez foi em abril, quando descobri que ela andava dormindo com outros caras por aí. Já antes de Carmen... Não me lembro muito bem. Foi uma fase de mais ou menos um ano em que eu saía com uma garota por semana. E dormi com a maioria delas...
— E você se prevenia? Usava camisinha... Sempre?
— Sim.
— Conte sobre a primeira vez.
— Foi com Miley.
— Miley Avila? — pergunto, totalmente surpresa.
Ele confirma com um aceno:
— Não é o que você está pensando... Aconteceu num verão, uns três anos atrás. Foi antes do curso secundário. Nós dois queríamos perder a virgindade. E também queríamos descobrir por que as pessoas faziam tanta onda, tanto barulho sobre sexo. — Joe sorri. — Foi uma lástima. Fiquei todo atrapalhado... E Miley tinha um acesso de riso atrás do outro. No fim, nós dois concordamos que fazer sexo com alguém que a gente considera como irmão... Não é uma boa ideia. Ok, eu já disse tudo. Agora tire esse casaco por favor...
— Ainda não muchacho. Se você já dormiu com tanta gente, como pode afirmar que não pegou uma doença? Diga-me, por favor que você fez o exame... E que deu negativo.
— Fiz  recentemente, quando levei aqueles pontos no hospital. Estou limpo, pode acreditar.
— Eu também... Caso você queira saber. — Tiro a outra sandália, feliz porque não me senti estúpida ao falar dessa questão com Joe... Pois ele me compreendeu. E nem reclamou por eu ter feito mais que uma pergunta. — Agora é a sua vez.
— Você já pensou em fazer amor comigo? — Antes que eu responda, Joe já começa a tirar a meia.

............................continua

OI GALERA ....!!!
ESTOU NUMA CORRERIA QUE MAL DÁ PRA POSTAR ....IMAGINA RESPONDER AOS COMENTARIOS .....MAS EU VOU DÁ UM JEITINHO E VOLTAR A RESPONDER OK !
E ENTÃO....GOSTARAM DO CAPITULO ???  E DO BÔNUS ???  KKKK APOSTO QUE SIM NEH !!!!    KKKK   O PRÓXIMO CAPITULO VAI TÁ IMPERDÍVEL ....
MUITO OBRIGADA PELOS COMENTARIOS VIU !!!  E COMENTEM SEMPRE AMORESS!
BEIJOSSS


8 comentários:

  1. Tá vindo o Hot por aí cara... Quero ao ver o que vai dar isso. Kkkkk
    Demi toda safadinha.
    Amei que postou hoje *--* amando muito essa fic
    Continuaa
    Fabíola Barboza

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  2. agua agua kk essa parte foi muito engrçada mais a melhor foi quando a demi chegou chegando e o enrriqui pegou ela
    ta muito bom posta logo

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  3. Divulga para mim por favor http://minhapaixaoejemi.blogspot.com.br/ :D

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  4. aaaa você e muito malvada parando na melhor parte....
    super curiosa para saber o que vai acontecer.
    posta logo
    beijos diva XD

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  5. Ql foi de parar logo aí? Q maldade

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  6. Aa agora q a brincadeira tava ficando bouuaa!!!
    Posta logo!!!

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