quinta-feira, 8 de maio de 2014

capitulo 24

JOE *



Hoje depois da aula Demetria foi atrás do Cara de Burro. Antes de sair, vi os dois juntos numa conversa íntima no pátio dos fundos. Então quer dizer que ela escolheu ficar com ele e não comigo. E isso não deveria me surpreender. Na aula de Química quando Demetria me perguntou o que eu queria que ela fizesse, eu deveria ter respondido: “Dispense aquele cretino.” E agora eu estaria feliz em vez de furioso.
Joseph você é um imbecil. Ele não merece Demetria. Ok, eu também não.
Depois da escola, vim até o velho armazém para ver se conseguia alguma informação sobre meu pai. Mas foi inútil... Os caras que conheceram mi papá na época não têm muito a dizer, exceto que ele falava dos filhos o tempo inteiro. A conversa acabou quando os caras da Satin Hood abriram fogo contra o armazém... Eles estão lá fora. Querem uma revanche e não vão sossegar enquanto não descarregarem a raiva e suas armas contra nós. Não sei avaliar se é uma vantagem ou não o fato deste armazém ficar num local tão isolado atrás da velha estação de trens. Ninguém sabe que estamos aqui, nem mesmo os tiras... Especialmente os tiras. Estou acostumado a esse pipocar de tiros. Pop! Pop! Pop Aqui no armazém ou no velho parque, dá no mesmo... Faz parte. Algumas ruas são mais seguras que outras mas os inimigos sabem que este armazém é nosso reduto sagrado. Sabem também que vamos dar o troco.
É a lei daqui. Vocês desrespeitam nosso reduto nós desrespeitamos o seu. Desta vez ninguém se feriu. Então não será uma represália por morte... Mas vai haver sim. Eles nos esperam. E não vamos desapontar os caras. Neste meu lado da cidade, o ciclo da vida é diretamente ligado ao ciclo da violência.
Depois que tudo se resolve, tomo o longo caminho de volta para casa. De repente me pego passando em frente à casa de Demetria... Não consegui evitar. Depois sigo adiante.
Assim que cruzo a linha férrea, a polícia me manda encostar no meio-fio. Dois caras uniformizados saem da viatura. Não explicam nem mesmo por que me pararam. Um deles me manda descer da moto e pede minha carteira de habilitação. Eu entrego.
— Por que me mandaram parar?
O cara olha minha carteira por todos os lados e diz:
— Você pode fazer perguntas, mas só depois que eu fizer as minhas. Está portando drogas Joseph ?
— Não senhor.
— Armas? — pergunta o outro.
Hesito por um instante antes de responder a verdade:
— Sim.
Um dos tiras saca a arma do coldre e aponta para o meu peito. O outro me diz para erguer as mãos e então me manda deitar no chão enquanto chama reforços. Porra. Estou preso.
— Que tipo de arma? Seja específico.
Estremeço antes de dizer:
— Uma Glock nove milímetros. - Felizmente já devolvi a Beretta para Wil. Se não seria pego com duas armas. Minha resposta deixa o tira um pouco nervoso e seu dedo treme no gatilho.
— Onde está a arma?
— Na minha perna esquerda.
— Não se mexa. Vou desarmá-lo. Se você ficar quieto não sofrerá danos. — E ele pega minha arma.
O segundo tira calçando luvas de borracha me pergunta:
— Você tomou alguma droga injetável Joseph ? — Sua voz autoritária deixaria a Sra. Peterson orgulhosa.
— Não senhor — eu respondo.
Pressionando minhas costas com o joelho, ele me põe as algemas.
— Levante-se — ordena. Em seguida, afasta meus pés um do outro me fazendo deitar sobre o capô da viatura.
Eu me sinto humilhado enquanto o cara me revista. Que merda, mesmo sabendo que a prisão é inevitável não me sinto preparado para ela. O tira me mostra a Glock nove milímetros:
— Digamos que foi por isso que mandamos você parar.
— Joseph Fuentes, você tem o direito de permanecer calado — um deles recita. — Qualquer coisa que disser poderá e será usado contra você no tribunal...
A cela provisória cheira a urina e fumo. Ou talvez sejam os caras trancados comigo nesta gaiola. De qualquer modo, mal posso esperar para cair fora daqui. Quem chamarei para pagar a fiança? Harry nunca tem dinheiro. Enrique pôs tudo o que tinha na oficina. Minha mãe me mataria se soubesse que fui preso. Pensativo eu me encosto nas barras da cela, embora seja quase impossível raciocinar neste lugar nojento.
A polícia chama isso de “cela provisória”, mas este é só um jeito mais sofisticado de dizer “gaiola”. Gracias a Dios esta é minha primeira passagem por aqui... E rezo para que seja a última. ¡Lo juro!
Esse pensamento é perturbador. Afinal eu sempre soube que estava me sacrificando por meus irmãos... Então por que me importaria de ficar preso até o fim dos meus dias se fosse para proteger aqueles dois?
Porque no fundo, eu não quero essa vida. Quero que minha mãe se orgulhe de mim, quero ser algo mais do que um membro de gangue. Quero um futuro para me orgulhar dele. E quero desesperadamente, que Demetria me ache um cara legal....Bato a cabeça contra as barras metálicas da cela mas não consigo afastar esses pensamentos.
— Vi você lá no Colégio Fairfield — diz um cara branco, baixo, que deve ter mais ou menos a minha idade. — Também sou aluno de lá.
O idiota está usando uma camisa de golfe vermelho-coral e calças brancas, como se tivesse acabado de chegar de um torneio. O branquelo tenta parecer legal, mas com essa camisa vermelha... Cara, parecer legal não vai resolver seus problemas neste ambiente pesado. É como se estivesse escrito em sua testa: “sou mais um daqueles rapazes ricos da zona norte”.
— Por que você foi preso? — O branquelo pergunta com a maior simplicidade como se esta fosse uma conversa comum num dia qualquer entre duas pessoas que se conhecem.
— Porte e ocultação de arma.
— Faca ou revólver?
Eu fuzilo o cara com os olhos:
— Isso importa porra?
— Estou só tentando conversar — diz o branquelo.
Será que todos os brancos fazem isso... Ficam falando, falando, só para ouvir o som da própria voz?
— Em que você se meteu? — pergunto.
O branquelo suspira:
— Meu pai chamou os tiras e contou a eles que roubei seu carro.
Eu me espanto:
— O seu próprio velho mandou você para este buraco infernal? E de propósito?
— Ele quis me dar uma lição.
— Sei! — eu digo. — A lição é que seu velho é um cretino.
E é mesmo. Em vez de fazer uma besteira dessas, o pai desse cara devia ensinar a ele como se vestir.
— Minha mãe virá me soltar.
— Tem certeza?
O branquelo se apruma:
— Ela é advogada... E meu pai já fez isso antes. No fundo ele só quer provocar minha mãe, ganhar um pouco de atenção dela. Eles são divorciados sabe?
Eu balanço a cabeça. Essa gente branca...
— É verdade — diz o branquelo.
— Tenho certeza que sim.
— Fuentes, pode dar seu telefonema agora — rosna o tira do lado de fora da cela.
Mierda... Com todo esse falatório do branquelo ainda não decidi quem vou chamar para me tirar daqui. Isso me perturba tanto quanto aquele grande “F” vermelho na prova de Química. Só existe uma pessoa com dinheiro e recursos para me tirar dessa encrenca: Hector. O cabeça da Sangue Latino.
Nunca pedi um favor a Hector. Porque nunca se sabe quando ele vai cobrar... Nem o que vai querer em troca. Ter uma dívida com Hector não é coisa que se pague com dinheiro.
Mas existem ocasiões na vida, em que todas as opções são indesejáveis. É escolher uma e aguentar as consequências. Três horas mais tarde, um juiz estipula minha fiança depois de um longo sermão que quase me estoura os tímpanos. Hector vem me buscar. Ele é um homem vigoroso, com cabelos lisos mais escuros que os meus penteados para trás. Basta um olhar para Hector... E a gente já vê que ele é um durão. O cara não conta história... faz.
Tenho respeito por Hector... E um certo temor. Foi ele que me iniciou na Sangue Latino. Meu pai e Hector cresceram na mesma cidade e se conheceram quando crianças. Ele ficou de olho em mim e na minha família depois que meu pai morreu. E me ensinou o significado de expressões novas como “legado” “segunda geração” e outras coisas mais. Nunca me esquecerei disso.
Hector me dá um tapinha nas costas enquanto caminhamos pelo estacionamento.
— Você pegou o Juiz Garret... O filho da puta é durão. Sorte sua que a fiança não foi maior...
Eu concordo. Não desejo nada além de ir para casa. Quando já estamos longe do tribunal, digo:
— Vou pagar minha dívida com você Hector.
— Não se preocupe com isso cara — diz Hector. — Irmãos têm que se ajudar. Para ser franco, estou surpreso por saber que essa foi sua primeira prisão. Você é o cara mais limpo da Sangue. Mais do que todos os outros.
Olho pela janela do carro de Hector; as ruas estão calmas e escuras como o Lago Michigan.
— Você é um garoto esperto. E tem potencial suficiente para subir de posto na Sangue — diz Hector.
Brigar e até arriscar a vida por alguns caras da Sangue, eu topo mas... ser promovido?
Vender drogas e armas são algumas das transações ilegais que estão em alta na gangue. Mas gosto de estar onde estou, surfando a onda perigosa sem mergulhar de cabeça na água.Se bem que eu devia ficar feliz por Hector pensar em me promover...
Demetria, e tudo o que ela representa, é pura fantasia.
— Pense nisso — diz Hector parando em frente à minha casa.
— Vou pensar. Obrigado por pagar minha fiança cara — eu digo.
— Olhe, fique com esta... — Hector tira uma pistola de baixo do banco. — A polícia tomou a sua.
Eu vacilo, recordando o momento em que o tira me perguntou se eu estava armado.
Dios mío... Foi humilhante ter uma arma apontada para a minha cabeça, enquanto os tiras pegavam a Glock. Mas recusar a arma de Hector é desacato... E eu nunca desacato Hector. Pego a Glock e ponho na cintura.
— Ouvi dizer que você andou fazendo perguntas sobre seu papá. Meu conselho é que você esqueça esse assunto Joe.
— Não posso. Você sabe disso.
— Bem, se você descobrir alguma coisa, me conte. Estou sempre aí segurando a retaguarda.
— Eu sei. Obrigado cara.
A casa está em silêncio. Caminho até meu quarto onde meus irmãos estão dormindo. Abrindo minha gaveta, a primeira da cômoda, escondo a arma sob o tampo de madeira onde ninguém poderá encontrá-la, nem mesmo por acaso. É um truque que Harry me ensinou.
Deito em minha cama e cubro os olhos com o braço. Tomara que eu consiga dormir.
O dia de ontem passa diante de meus olhos como num filme. A imagem de Demetria, seus lábios nos meus, sua respiração suave se misturando com a minha: este é o único quadro que permanece em minha mente. E eu me deixo levar... E seu rosto de anjo é a única imagem capaz de mandar para longe desse pesadelo que é o meu passado.

DEMI *



Boatos correm furiosamente por Fairfield.
Dizem que Joe foi preso. Preciso descobrir se isso é verdade.
Vejo Miley no intervalo entre as aulas conversando com suas amigas. Quando vê que estou por perto, ela se afasta das outras e me puxa para um lado. Então me conta que Joe foi preso ontem, mas já saiu sob fiança. Não tem ideia de onde ele esteja, mas vai tentar descobrir. Ficamos de nos encontrar entre o terceiro e quarto períodos perto do meu armário.
Corro até lá na hora combinada morrendo de ansiedade. Miley está à minha espera.
— Não conte a ninguém que lhe dei isto. — Ela me entrega uma folha de papel dobrada.
Fingindo olhar dentro do armário, abro a folha que traz um endereço escrito. Nunca, em toda minha vida, matei uma aula. Mas também, Joe nunca esteve preso antes.
É nisso que dá ser verdadeira... Verdadeira comigo mesma. E agora vou ser verdadeira com Joe, tal como ele sempre quis. É assustador e não sei se estou fazendo a coisa certa. Mas não posso ignorar essa atração que Joe exerce sobre mim.
Pesquiso o endereço no meu GPS... Que me leva à zona sul, num lugar chamado Enrique’s Auto Body.
Um rapaz está em pé junto à porta... E fica de queixo caído ao me ver.
— Estou procurando por Joe Fuentes.
Ele não responde.
— Joe está aqui? — insisto meio sem jeito. Talvez esse rapaz não fale Inglês.
— O que você quer com Joseph ? — o rapaz finalmente pergunta.
Meu coração está tão acelerado, que posso ver minha blusa se movendo a cada batida.
— Preciso falar com ele.
— Deixe o Joseph em paz — diz o sujeito. — Será melhor para ele.
— Está bien Enrique — diz uma voz familiar.
Eu me viro e vejo Joe apoiado ao batente da porta com um pano pendurado no bolso e uma chave inglesa na mão. Com essa mecha de cabelos negros escapando do lenço, ele parece mais viril do que qualquer outro cara que já vi... Tenho vontade de abraçá-lo, de dizer que está tudo bem, que ele não vai ser preso de novo. Joe mantém os olhos fixos nos meus.
— Vou deixar vocês sozinhos.
Acho que foi isso que Enrique disse. Mas estou concentrada demais em Joe para ouvir direito.
Meus pés parecem colados no chão. Não consigo me mover. Ainda bem que Joe chega mais perto de mim...
— Hum... — eu começo. Oh por favor, tenho de conseguir levar isso adiante. — Ouvi falar que você foi preso. E vim para ver se você está bem.
— Você matou aula, só para ver se estou bem?
Respondo sim com um aceno de cabeça, porque minha língua não me obedece.
Joe recua um passo.
— Então... Agora que você já conferiu, já sabe que estou bem, volte para o colégio. Tenho trabalho a fazer sabe. Minha moto foi apreendida ontem à noite. Preciso levantar algum dinheiro para ir buscá-la.
— Espere! — Eu quase grito. E respiro fundo. É isso. Vou me abrir, falar tudo de uma vez: — Não sei quando comecei a me apaixonar por você Joe, nem por quê. Mas eu me apaixonei... Desde aquele primeiro dia de aula quando quase bati na sua moto, não consegui parar de pensar em como seriam as coisas se ficássemos juntos. E aquele beijo... Nossa, juro que nunca experimentei nada parecido em toda a minha vida. Nada mesmo. Se o sistema solar não perdeu o alinhamento naquele instante, então não vai perder nunca mais. Sei que tudo isso é uma loucura porque somos tão diferentes. Portanto se alguma coisa acontecer entre nós, não quero que o pessoal do colégio fique sabendo. Não sei se você vai querer um relacionamento secreto comigo. Mas de qualquer forma, preciso saber se isso é possível. Terminei meu namoro com Zac sabe? Era um relacionamento por assim dizer, público. Agora quero algo diferente. Algo mais... particular... entende? Quero dizer, íntimo e verdadeiro. Sei que estou tagarelando como uma idiota, mas se você não disser alguma coisa, ou se não me der uma pista do que está pensando, então eu...
— Diga isso de novo — ele pede.
— Repetir... tudo? — Sei que falei algo sobre o sistema solar, mas não estou com cabeça para recitar o discurso inteiro novamente.
Joe chega mais perto.
— Não... Aquela parte sobre ter se apaixonado por mim. — Meus olhos não conseguem se desprender dos dele.
— Eu penso em você o tempo inteiro Joe. E de verdade, de verdade mesmo, quero beijar você de novo.
Os lábios de Joe se curvam num sorriso. E eu olho para o chão.
— Não ria de mim. — Posso aguentar qualquer coisa, menos isso.
— Não tire os olhos dos meus gracinha. Eu não vou rir de você.
— Eu não queria gostar de você — digo voltando a olhar para ele.
— Eu sei.
— Provavelmente isso não vai dar certo — eu digo.
— Provavelmente não.
— Minha vida em casa não é nada perfeita.
— A minha também não — ele diz. — Nesse ponto somos iguais.
— Quero muito descobrir o que é isso que está acontecendo com a gente... E você?
— Se não estivéssemos aqui fora... — diz Joe — eu mostraria...
Não deixo que ele termine a frase. Agarro seus cabelos perto da nuca e puxo essa cabeça linda para mais perto de mim. Já que não temos privacidade neste lugar, vou exercer minha vontade e meu direito de ser verdadeira. Além do mais, as pessoas que não podem saber do nosso segredo estão no colégio... Ou seja: bem longe daqui.
Joe solta as mãos ao longo do corpo. Mas quando abro meus lábios, ele geme baixinho... E a chave inglesa cai no chão com um baque bastante alto. As mãos fortes de Joe me envolvem... E eu me sinto protegida. Sua língua de veludo encontra a minha, provocando uma sensação desconhecida, uma sensação que cala fundo em todo meu corpo, como se nossas línguas se fundissem em uma só. Isso é mais que fazer sexo, isso é... Bem, ao menos eu penso que significa muito mais.
As mãos de Joe não param; uma me acaricia as costas em círculos, enquanto a outra brinca nos meus cabelos. Mas Joe não é o único a agir assim... Minhas mãos também estão passeando por ele, sentindo seus músculos firmes que reagem a cada toque, aumentando minha consciência sobre seu corpo... Toco seu queixo e sinto a aspereza da barba por fazer.
Enrique pigarreia alto. E nós nos separamos. Joe me olha com intensa paixão.
— Preciso voltar ao trabalho — ele diz com a respiração acelerada.
— Oh. Claro. — De repente me sinto embaraçada por nossa Demonstração Pública de Afeto... e recuo um passo.
— Podemos nos ver mais tarde? — ele pergunta.
— Minha amiga Selena vai jantar lá em casa.
— Aquela que estava com você no estacionamento do colégio?
— Hum... sim. — Preciso mudar de assunto, para não me sentir tentada a convidar Joe para jantar. Seria uma cena e tanto assistir a minha mãe se acabando de desgosto ao ver suas tatuagens.
— Minha prima Elena, vai se casar no domingo. Quer ir comigo ao casamento? — ele propõe.
Baixando os olhos respondo:
— Não posso deixar que meus amigos saibam sobre nós... Nem meus pais.
— Não vou contar a eles.
— Mas as pessoas no casamento... Elas vão nos ver juntos.
— Ninguém do colégio estará lá... Só minha família, e posso garantir que todos ficarão de boca fechada.
Não posso. Mentir, ficar me esquivando pelos cantos... Essas coisas nunca foram o meu forte. Afasto Joe de mim:
— Escute, eu não consigo pensar com você assim tão perto.
— Tudo bem. Mas vamos falar do casamento...
Deus, só de olhar para ele já tenho vontade de ir.
— A que horas?
— Meio-dia. Será uma experiência inesquecível, pode acreditar. Pegarei você às onze.
— Eu ainda não disse sim.
— Ah, mas estava quase dizendo — ele responde com sua voz grave e muito suave.
— Bem... Por que não nos encontramos aqui às onze? — eu sugiro apontando a porta da oficina. Se minha mãe descobrir sobre nós, será o fim do mundo.
Ele ergue meu queixo para que eu o olhe de frente, e diz:
— E por que você não tem medo de estar comigo?
— Medo!? Estou apavorada! — Meu olhar percorre as tatuagens nos braços de Joe.
— Não posso fingir que minha vida é toda certinha e dentro dos padrões. — Ele ergue a minha mão encostando sua palma contra a minha. Será que está comparando a cor de sua pele e a minha... Ou seus dedos calejados e os meus de pontas finas e unhas delicadas? — De certa forma, somos tão opostos — ele conclui. Entrelaço meus dedos aos dele:
— Sim, mas “de certa forma”, também somos bastante parecidos. - Minhas palavras fazem Joe sorrir. E então Enrique pigarreia novamente.
— Estarei aqui às onze, no domingo — eu digo.
Joe se afasta, acena e pisca um olho para mim:
— E dessa vez, será um encontro de verdade.


............continua.....

NOSSA ....JOE PRESO ..FIANÇA PAGA  ...POR HECTOR ...GUARDEM ESSE NOME ...ESSE CARA NÃO É FLOR Q SE CHEIRE !!!   E O PIOR,JOE AGORA ESTÁ DEVENDO UMA PRA ELE.
MAS ...MUDANDO DE ASSUNTO   ........
JEMI,JEMI,JEMI,JEMI ... *--*  :)
QUE COISA MAIS LINDA NEH  ?!!  FINALMENTE A DEMI SE DECLAROU PARA O JOE !!
ESSA FESTA DE CASAMENTO VAI DÁ O QUE FALAR ...!!!  VCS VÃO VER KKKK  ....
DIVULGAÇÃO :
BLOG DA HELOISA_JEMI   :  P.S. EU TE AMO   http://fanficsjemi2.blogspot.com.br/
ENTÃO É ISSO ...  :)
MUITO OBRIGADA ...E COMENTEM SIM  *--*
                                             BEIJOSSSSSSSSS



3 comentários:

  1. Cara até que enfim aleluia. Omg JEMI JEMI JEMI u.u
    Perfeito quero mais!!
    Fabíola Barboza

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  2. Jemi tão perfeito *-*
    super ansiosa para saber o que vai acontecer.
    posta logooo
    beijos

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  3. JEEEEEEEMI ♥ ♥ ♥ ♥ ♥. ATE Q ENFIM. Olha eu amei esse cap e esse casamento vai dar o.q falar ne? POSTA

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